Capítulo 13

2.1K 153 159
                                        

Notas: boa tarde, nenês. <3 Esse capítulo é um momento muito difícil pra Dinah. :( Preparem os coraçõezinhos. 

Ps.: só mais 5 capítulos e acaba a ficzinha! Passou muito rápido. :(

Dinah Jane Point of View.

A mulher entrou no salão de braços dados com um homem mais baixo que ela e bem mais velho.

Meu coração falhou uma batida e então galopou loucamente. A imagem que eu tinha dela, chorando e me abraçando, desfocada, de repente ficou muito clara, seus traços nítidos. Os olhos amendoados e castanho-claros como os meus, o mesmo formato do rosto e das sobrancelhas, os cabelos castanhos e curtos, mas mesmo assim com a mesma textura que os meus. Tive certeza que era ela.

Fitei-a imobilizada, cheia de tantos sentimentos que minha vontade era de chorar abertamente ali. Emoções intensas me bombardearam, desde uma alegria fenomenal a uma raiva absurda. Ela me abandonara, me deixara lá sozinha naquele orfanato e estava ali, linda e rica. Há quanto tempo? Por que não fora me buscar? Teria tentado me encontrar? Eram inúmeras questões. E ao mesmo tempo eu simplesmente agradecia por minha busca ter chegado ao fim.

Analisei-a enquanto cumprimentava umas pessoas. Era mais alta que eu, muito bonita e bem tratada. Não parecia ter mais que trinta anos, mas eu sabia que devia ter no mínimo uns quarenta. Seus cabelos tinham um corte moderno, afastados do rosto, a pele quase jovem, a maquiagem impecável. Usava joias, um chiquérrimo vestido verde escuro e toda sua aparência gritava riqueza, finura, charme. Era difícil imaginá-la como filha de uma costureira morando naquele prédio simples em Santa Ana. Era difícil imaginá-la como minha mãe.

- Dinah... – Normani envolveu o braço em minha cintura.

- Eu a vi.

- Tudo bem?

- Sim. – Respirei fundo e voltei meus olhos para ela.

- Quer ir até lá agora?

- Não. Eles vão vir até aqui. Assim tenho tempo de me preparar melhor.

Normani acariciou meu rosto e beijou de leve minha testa. Fitou-me bem dentro dos olhos e disse baixo:

- Estou aqui. Fale comigo se precisar de alguma coisa.

- Eu sei. Acho que nunca vou conseguir te agradecer por tudo isso.

- Não seja boba.

- Normani, que prazer tê-la aqui! – O homem baixo e calvo, elegante, por volta dos sessenta anos, apertou agradavelmente a mão dela. Ao seu lado, minha mãe parou alta e esguia, seu olhar frio, seu sorriso comedido e educado nos lábios.

Fiquei olhando-a, a apenas um palmo de mim. Milika me olhou quase sem interesse, de braço dado com o marido.

- É bom vê-lo, Oscar. – Normani retribuiu o cumprimento, sorrindo também. – Como vai, Milika?

- Normani. – Ela moveu de leve a cabeça.

- Gostaria que conhecessem minha namorada, Dinah Hansen.

Eles me fitaram. Eu mal podia respirar. Mas só podia olhar para ela. Sem nenhuma reação ou reconhecimento, simplesmente acenou com a cabeça para mim. Seu marido foi mais caloroso, segurou minha mão e beijou meu rosto.

- Que bela moça! Normani, como sempre, com muito bom gosto. – Piscou para mim. Depois voltou-se para Normani. – Tenho que visita-la na empresa, minha amiga. Preciso de alguns softwares novos.

Enquanto eles se falavam, senti uma estranha calma. E puxei assunto com Milika.

- Parabéns, a senhora possui um belo apartamento.

WavesOnde histórias criam vida. Descubra agora