Notas: boa tarde, nenês. <3 Esse capítulo é um momento muito difícil pra Dinah. :( Preparem os coraçõezinhos.
Ps.: só mais 5 capítulos e acaba a ficzinha! Passou muito rápido. :(
Dinah Jane Point of View.
A mulher entrou no salão de braços dados com um homem mais baixo que ela e bem mais velho.
Meu coração falhou uma batida e então galopou loucamente. A imagem que eu tinha dela, chorando e me abraçando, desfocada, de repente ficou muito clara, seus traços nítidos. Os olhos amendoados e castanho-claros como os meus, o mesmo formato do rosto e das sobrancelhas, os cabelos castanhos e curtos, mas mesmo assim com a mesma textura que os meus. Tive certeza que era ela.
Fitei-a imobilizada, cheia de tantos sentimentos que minha vontade era de chorar abertamente ali. Emoções intensas me bombardearam, desde uma alegria fenomenal a uma raiva absurda. Ela me abandonara, me deixara lá sozinha naquele orfanato e estava ali, linda e rica. Há quanto tempo? Por que não fora me buscar? Teria tentado me encontrar? Eram inúmeras questões. E ao mesmo tempo eu simplesmente agradecia por minha busca ter chegado ao fim.
Analisei-a enquanto cumprimentava umas pessoas. Era mais alta que eu, muito bonita e bem tratada. Não parecia ter mais que trinta anos, mas eu sabia que devia ter no mínimo uns quarenta. Seus cabelos tinham um corte moderno, afastados do rosto, a pele quase jovem, a maquiagem impecável. Usava joias, um chiquérrimo vestido verde escuro e toda sua aparência gritava riqueza, finura, charme. Era difícil imaginá-la como filha de uma costureira morando naquele prédio simples em Santa Ana. Era difícil imaginá-la como minha mãe.
- Dinah... – Normani envolveu o braço em minha cintura.
- Eu a vi.
- Tudo bem?
- Sim. – Respirei fundo e voltei meus olhos para ela.
- Quer ir até lá agora?
- Não. Eles vão vir até aqui. Assim tenho tempo de me preparar melhor.
Normani acariciou meu rosto e beijou de leve minha testa. Fitou-me bem dentro dos olhos e disse baixo:
- Estou aqui. Fale comigo se precisar de alguma coisa.
- Eu sei. Acho que nunca vou conseguir te agradecer por tudo isso.
- Não seja boba.
- Normani, que prazer tê-la aqui! – O homem baixo e calvo, elegante, por volta dos sessenta anos, apertou agradavelmente a mão dela. Ao seu lado, minha mãe parou alta e esguia, seu olhar frio, seu sorriso comedido e educado nos lábios.
Fiquei olhando-a, a apenas um palmo de mim. Milika me olhou quase sem interesse, de braço dado com o marido.
- É bom vê-lo, Oscar. – Normani retribuiu o cumprimento, sorrindo também. – Como vai, Milika?
- Normani. – Ela moveu de leve a cabeça.
- Gostaria que conhecessem minha namorada, Dinah Hansen.
Eles me fitaram. Eu mal podia respirar. Mas só podia olhar para ela. Sem nenhuma reação ou reconhecimento, simplesmente acenou com a cabeça para mim. Seu marido foi mais caloroso, segurou minha mão e beijou meu rosto.
- Que bela moça! Normani, como sempre, com muito bom gosto. – Piscou para mim. Depois voltou-se para Normani. – Tenho que visita-la na empresa, minha amiga. Preciso de alguns softwares novos.
Enquanto eles se falavam, senti uma estranha calma. E puxei assunto com Milika.
- Parabéns, a senhora possui um belo apartamento.

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Waves
Hayran Kurgu• Concluída • Norminah g!p First I blame you, then I want you. Fucking hate you, then I love you... I can't help myself, no. When I have you, wanna leave you, if you go, that's when I need you. I can't help myself, no. You come in waves, every hour...