✰ 19

1.6K 196 24
                                    

Era só mais uma das manhãs nubladas de Seul. A rua estava coberta por neve o que resultava com todos em casa e nenhum, a não ser departamento de policiais, bombeiros e hospitais, estabelecimento aberto.

Na casa da família Do estava tudo ocorrendo normal, seus pais e o menor em casa. Kyungsoo bebia seu chocolate quente sentado no meio dos mais velhos no sofá, ambos assistiam ao noticiário.

Até que a repórter anuncia um novo caso.

"Aqui mesmo em Seul, morre um casal homossexual, vítimas de homicídio. As informações que liberaram são que o casal era Son Jiwun e Han Kuanjun. Os dois foram encontrados mortos a onze quilômetros da casa de Kuanjun. Um dos suspeitos do assassinato é o padrasto do Han, que, horas antes, havia os flagrado se beijando em sua casa. Ele e os pais biológicos de Kuanjun já foram encaminhados para a delegacia, junto com os pais de Jiwun."

— Honseok precisa saber disso. — Disse Sanhyuk antes de sair do cômodo indo para o deu quarto pegar o celular.

Alguns segundos se passaram e Kyungsoo passou a sentir frio. Comunicou à mãe que iria ao seu quarto buscar um agasalho. Vestiu um moletom e calçou meias, que vinham até sua canela, mas como estava de calça elas não apareciam tanto.  Estava saindo do quarto quando algo lhe chamou atenção, era seu pai conversando ao telefone.

Seu pai falava sobre a notícia que acabaram de ver, deixando algumas piadas ridículas com o amigo. O Do não hesitou em ouvir tudo por trás da porta, uma má ideia.

— Nada mais que merecido, ninguém mandou ser assim.

— Vi sim! Merecido mesmo, onde já se viu uma Coréia assim? Desde quando os viados podem sair na rua? — Foi possível escutar gargalhadas, quase que escandalosas, do mais velho.

— Exatamente.

E seu filho? Sem te ofender, mas ele tem um jeitinho... — O desconhecido falou com um tom de nojo na voz, o que, novamente, arrancou risadas altas de seu pai.

— Meu filho gay? Nunca, ele não é nem doido. Se ele for vou enche-lo de porrada, para saber que filho meu não dá a bunda! — Disse firme, havia sinceridade em suas palavras pelo jeito que falava. Então o mais novo, que estava escutando tudo, pôde assimilar que ele estava falando sério.

Correu para os braços de sua mãe em seguida, lágrimas caíam de seus olhos sem parar. Sua mãe era a única que sabe, e saberia, de sua orientação sexual.

— O que aconteceu? — Disse desesperadamente acolhendo o menor em seus braços.

— Acabei de descobrir que meu pai me odeia. Disse que bateria em mim se descobrisse que eu me sinto atraído pelo mesmo sexo.

— Te bater? Ele não é nem louco. Expulso ele de casa e será permanentemente. Se acalme que eu não deixarei ele encostar um dedo em você, amorzinho.

— Obrigado por tudo, mãe, principalmente por ter me aceitado do jeito que eu sou. — Deixou um selar em sua bochecha e foi ao banheiro lavar seu rosto.

kim's messages ✰ kaisoo Onde histórias criam vida. Descubra agora