Prólogo

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Quantos ansiosos?

Vamos de prólogo.

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Oliver P.O.V

Estava indo para mais um dia de trabalho, estava com minha mãe, quase sempre ela vai comigo, pois meu pai sempre deixa o Enzo na escola.

Estávamos passando por uma rua, e tinham várias pessoas na calçada indo para seus trabalhos, quando faço a curva e na mesma hora um menino estava atravessando, mas eu não estava errado, o sinal estava aberto. Eu quase atropelo ele, consigo parar bem em cima, minha mãe dá um grito do susto.

- Ah meu Deus, será que atropelou ele?

- Mãe, por favor, calma, eu não atropelei. – Falei apreensivo.

Abri a porta e o menino tinha caído na frente, acho que cheguei a esbarrar nele.

- Você não olha antes de atravessar não? O sinal para pedestres estava fechado.

Quando ele olha pra mim, e aqueles olhos de dor me deram pena, estendi a mão para ele levantar.

- Desculpa moço, por favor, me desculpe, estava distraído e passei, não tinha visto nenhum carro vindo.

- Cuidado rapaz, eu estava devagar, agora imagina se estivesse mais rápido. – Falei encarando aqueles lindos olhos castanhos, não me importam se é de um homem, são lindos e ponto.

- Está tudo bem agora, estou com tanta fome que nem percebi nada.

- Como assim está com muita fome? Está indo pra onde? Não comeu em casa? – Por que estou me importando com um estranho? E por que com ele? Que peculiar, nunca senti isso.

- Na verdade não, eu estou indo para a faculdade, e não tinha comida em casa, e não posso fazer corpo mole, vim assim mesmo. – Falou confiante.

- Entra no carro e eu te darei uma carona para sua faculdade.

- Não precisa moço, está tudo bem, não se preocupe. – Falou se limpando.

- Entra no carro, não vou pedir de novo. – Não gosto quando não me obedecem.

Ele fez uma cara de medo, e eu senti pena, mas olhou para baixo e foi para o carro, o direcionei para a porta e abri pra ele. Fui para o banco do motorista, e as pessoas já estavam se dispersando, povo curioso, entrei e falei com minha mãe que estava com um olhar confuso.

- Eu vou levar ele pra faculdade dele. – Disse olhando para ela.

- Ok, qual o seu nome rapaz? – Minha mãe perguntou.

- Me chamo Augusto, senhora.

- Senhora não, me sinto uma velha. – Falou brincando e ele sorriu, olhei pelo retrovisor e ele tinha o sorriso muito lindo, agora foi estranho, tudo bem que depois que o Noah começou a namorar com o Benjamim e vejo a felicidade estampada no rosto do Noah, eu falei pra mim mesmo que se um homem me desse aquela felicidade eu não me fecharia, mas não pensava que realmente fosse acontecer, quer dizer não estou apaixonado por ele, mas ele é bem bonito.

- E eu me chamo Oliver, vamos passar ali para tomar um café-da-manhã, está atrasado?

- Não precisa Oliver, sério, não precisava nem se incomodar em fazer isso, não me machuquei.

- Augusto, sei que não nos conhecemos, mas quero que saiba que se tem algo que não gosto, é teimosia, então aceita por favor e me deixa te dar um café-da-manhã. – Já falei, pois nem com Pedrinho meu filho, tenho paciência pra adular, então educo ele para me obedecer de imediato.

- Ok, desculpa, mas é que não gosto de incomodar ninguém. – Falou cabisbaixo e eu senti muita pena, mas não mais do que senti quando ele disse que estava com fome, então darei mesmo sem ele querer um café-da-manhã.

Dirigi, e percebi pelo canto de olho a minha mãe me olhando com um risinho no rosto, e entendi de imediato. Parei o carro em um local perto da faculdade que achei que era a dele, já que era por onde estávamos então deduzi que era. Descemos e conduzi-os para dentro, e como já tinha tomado café, minha mãe foi sentar e eu acompanhei ele para ele não escolher coisas baratas por não ser ele que vai pagar.

- Pode escolher. – Falei para ele.

- Oliver, por favor, não precisa gastar comigo.

- Augusto se falar isso mais uma vez, eu pego todos os biscoitos que couber na tua mochila e compro, agora escolhe antes que eu fique com raiva, por favor.

- Tá. – Falou e se virou.

Pegou um pão, colocou queijo e presunto, e um pedaço de bolo.

- Não é possível que vá comer apenas isso, você não comeria isso de verdade, deixa de manha põe o que comeria normalmente.

Ele revirou os olhos, e eu já não gostei da petulância dele. E agora ele colocou mais um pão, colocou mais bolo e pegou achocolatado, e uns salgadinhos. Fomos para o caixa para passar os produtos e deu mais de 15$.

- Nossa ficou muito caro, pode devolver?

- Infelizmente não pode devolver, podemos tirar do prato, mas não pode mais voltar para onde estava. – A atendente falou.

- Ele não vai devolver nada, pode deixar tudo onde está. – Sorri para ela, e ela quase rasga o rosto com um sorriso, que mulherzinha dada, meu Deus.

- Ok, pode ir consumir então, o pagamento é feito no caixa lá na frente.

Sorriu de novo pra mim, e eu não sorri, com o Augusto eu me senti mal se fosse dar em cima dela, POR QUE???? Nunca senti isso.

Saímos de lá e fomos sentar, e ele ficou com vergonha de comer.

- Augusto sinta-se à vontade, não iremos comer, pois já comemos. – Minha mãe disse.

Ele assentiu e começou a comer, e comeu quase com pressa, acho que estava um tempo sem comer, e isso me intrigou, mas por que me importei tanto, por que mexeu tanto comigo?

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Postei e saí correndo, quantos esperavam?

Augusto meu lindo aceita comida que te pagam baby. E Oliver tão mandão, amo.

Até breve com capítulo 1.

Beijinhos, XD.

Você Sempre Pertenceu a Mim - Série Irmãos Nepomuceno. (Romance Gay).Onde histórias criam vida. Descubra agora