Capítulo 42

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- Eu prometo que vou tentar fazer isso. Mãe, eu fico muito mal só de pensar como o Cristian vai ficar se acontecer alguma coisa.

- Então pare de pensar! Se você se sente tão mal deveria se esforçar e pensar positivo para que tudo isso passe minha filha.

- Eu prometo que vou tentar ser confiante independente da situação.

- Eu agradeço você por isso. Agora eu acho que você deveria falar com o Cristian.

- Não sei se estou pronta para falar sobre isso agora.

- Até entendo você ter ficado brava com ele por causa da situação. Afinal, agora só devemos nos preocupar com a sua saúde, só que ele está muito preocupado com você. Não acho justo que ele fique sofrendo.

- Você tem razão. Acha que pode pedir para que ele entre?

- Com licença. – É o doutor Steve novamente.

- Doutor, eu já estava de saída. O namorado da minha filha vai ficar com ela agora.

- Me perdoe, mas agora a paciente deve receber o resto da medicação sozinha.

- Então ninguém pode ficar aqui é isso?

- Eu espero que entenda Senhora, é um protocolo que devemos seguir.

- Mãe, tudo bem eu posso falar com o Cristian depois.

- Tem certeza de que vai ficar bem?

- Sim, eu estou um pouco enjoada vai ser melhor assim.

- Doutor, nós podemos conversar melhor lá fora?

- Claro que sim, eu só vou verificar se está tudo certo com a medicação.

- Eu espero lá fora. Eu te amo filha.

- Eu também te amo mãe. – Eu não gosto muito de ficar assim sozinha com ele, mas agora não tenho outra opção.

- Ana, antes de qualquer coisa eu queria te pedir desculpas se eu disse alguma coisa que deixou você magoada.

- Por favor, você não precisa me pedir por nenhum motivo.

- Eu fiquei preocupada que você pudesse ter ficado com uma impressão errada sobre mim e não é isso que eu quero.

- Eu sei que você não teve nenhuma intenção ruim.

- Apenas não deixei seu namorado entrar porque agora você realmente precisa ficar sozinha e confesso, porque eu precisava falar com você.

- Minha mãe disse que ele está lá fora, eu posso falar com ele depois.

- Eu o vi falando com alguém ao telefone acho que era Olivia. – Olivia? Eu não me lembro de nenhuma Olivia.

- Ainda preciso ficar muito tempo aqui?

- Só mais alguns minutos. Procure descansar, quando puder voltar para o quarto eu venho te buscar.

- Obrigada.

Depois de muito mais tempo do que ele havia dito, volto para o quarto. Sinto-me fraca, apenas com vontade de fechar os olhos, mas não quero dormir. Antes isso parecia normal só que agora dormir se tornou um pesadelo. Quando se está doente dessa forma é como se o sono fosse algo mortal, você não sabe se vai acordar.

- Posso entrar?

- Claro Cristian.

- Eu falei com a enfermeira, disse que precisava ver você. – Tudo o que eu quero é saber quem é Olivia. – Ana, eu quero pedir desculpas pelo o que aconteceu.

- Você precisa se controlar Cristian. As coisas nem sempre são como você pensa.

- Eu sei disso, deveria ter me controlado diante da situação.

- Eu espero de verdade que você consiga fazer isso.

- Como você está se sentindo?

- Fraca, um pouco enjoada, mas vou sobreviver. – Ele sorri.

- Eu estou feliz que você esteja aqui. – Agarro sua mão.

- Ana, antes de dizer o que eu vou dizer, preciso que você esteja completamente certa de que eu estou tomando essa decisão porque não posso ficar longe de você.

- Decisão? Eu não entendi Cristian.

- Quero que se case comigo Anastásia. – Estou completamente paralisada. Casar? Casamento? - Cristian...

- Quando alguém faz um pedido de casamento espera que a outra pessoa vá responder sim ou não.

- Você está louco? – Ele ri.

- Ana, essa não é uma das respostas.

- Você quer que eu me case com você?

- Sim.

- Por quê?

- Porque você é o sentido de tudo Ana. Eu não posso passar mais um dia da minha vida sem chamar você de minha esposa.

- Cristian isso é tudo tão... Rápido.

- Você pode pensar na resposta, não vou pressionar você.

- Eu só fiquei surpresa pelo pedido justamente agora.

- Agora? Como assim?

- Pela minha doença.

- Eu jamais pediria você em casamento somente por isso, Ana. Admito que errei desde o começo, só que você sabe como eu sou.

- Sei que entre em nós nunca poderia ter começado diferente, Cristian. Você não tem toda a culpa, quem aceitou desde o começo a situação fui eu.

- Eu tenho outra novidade para te contar.

- Se for igual a primeira não sei se eu aguento.

- Acho que não será tão impactante, mas espero de verdade que você se anime com a ideia.

- O que é?

- Lembra-se do local aonde você tinha aula de dança?

- Sim, mas o que tem isso?

- Eu comprei.

- Você comprou? Mas como?

- Bom, eu sabia que você tinha aula naquele lugar e procurei saber quem era o dono. Ele não se recusou a vender.

- Eu só não entendi o que você quer com uma academia de dança.

- Eu não, mas você sim.

- Eu?

- Eu comprei para você Ana. Eu sei o quanto você ama dançar e faz isso perfeitamente. Quando estiver completamente recuperada vai poder abrir sua própria academia.

- Cristian, Meu Deus... Eu nem sei o que te dizer.

- Não precisa dizer nada. Eu... Eu te amo Ana. – É estranho dizer isso nessas circunstâncias, mas eu estou me sentindo muito feliz.

- Eu também te amo Cristian.

- Sinto que alguma coisa ainda está te incomodando.

- Eu estou feliz por conta de tudo isso que está acontecendo apesar de ser repentino. – Ele sorri. – Só que eu não consigo deixar de pensar em tudo o que está acontecendo comigo e com o que aconteceu com o José.

- Você pode ter certeza de que vamos passar por tudo isso juntos e você vai ficar bem.

- Você sabe alguma novidade sobre o caso? – Ele fica estranho. – Cristian, por favor, se você sabe alguma coisa me conte.

- Eu falei com o delegado ontem e eles descartaram você como uma possível suspeita.

- Assim tão fácil?

- Câmeras de segurança, Ana.

- Só isso que você sabe?

- Através de uma câmera na rua eles também conseguiram identificar um possível suspeito.

- Quem é?

- Ainda não sabem, é só uma suposição.

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