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Quando o despertador soou naquela manhã, Rodrigo teria dado tudo para que fosse final de semana, a noite havia superado suas expectativas e já eram quase 5 da manhã quando ele finalmente conseguiu pregar os olhos, Agatha havia voltado a ter febre de madrugada, uma febre que não baixava.

Já era cedo quando finalmente o corpo dela começou a suar e ele conseguiu dormir, mas ainda era terça feira, e o trabalho o esperava. Esticou seu braço na cama, na intenção de trazer o corpo da mulher para junto do seu, se assustou quando viu que a cama estava vazia.

-Agatha? -Ele chamou se sentando preocupado.

-Bom dia... -Ela entrou no quarto com uma bandeja repleta de coisas e a colocou em cima da cama.

-O que é isso? -Ele sorriu.

-É o mínimo que eu posso fazer pra te compensar por essa noite... -Ela sorriu fraco.

-Não tem o que compensar, minha maior felicidade é poder cuidar de você. Vem cá... -Ele a chamou e a puxou para se sentar em seu colo.

-Queria que você conseguisse descansar mais...

-Não devia ter levantado sabia? -Ele tocou a testa dela e suspirou.

-Estou bem...

-Me disse isso todas as vezes que levantei pra te dar remédio essa madrugada, mesmo estando ardendo em febre... -Depositou um beijo demorado na testa dela e pegou a xícara que ela havia trazido com café.

-Mas agora é verdade... -Ela deu de ombros e brincou com algumas pulseiras no pulso dele.

-Eu não vou te deixar aqui sozinha hoje... e ai? -Ele questionou pegando um cookie e o levando até a boca.

-Vai me colocar nas costas e me arrastar como um homem das cavernas então? -Ela riu.

-Se precisar eu vou! Ou você vai pra casa da minha mãe, ou você vem pro Projac comigo ou eu não sei... sozinha aqui não. -Ele disse e levou um cookie a boca dela.

-Não quero... -Ela disse e se levantou. -Vou ver se a Jéssica tá em casa e pedir pra ficar lá. Não vou atrapalhar você no Projac e muito menos a sua mãe por causa de uma gripe boba.

-Tudo bem! Sozinha nem pensar, e nem adianta tentar me passar a perna porque eu que vou te levar... e se você não melhorar a gente vai ao hospital mais tarde, pra uma gripe essa febre tá vindo alta demais! -Ele disse e a puxou novamente para seu colo e a abraçou apertado.

-Acho que é só gripe mesmo amor... -Ela sorriu passando seu nariz pelo pescoço dele e deixando beijinhos ali.

-Espero... -Ele sorriu e segurou o rosto dela selando seus lábios. -Bom dia meu amor!

-Eu nem escovei os dentes Rod... -Ela riu fugindo dos lábios dele que agora distribuíam beijos por todo seu rosto.

-Eu sei... -Ele gargalhou da expressão contrariada dela e voltou a comer.

-Bobo... você está com olheiras... -Ela acariciou a bochecha dele.

-E você também... e com a ponta do nariz vermelha. -Ele riu apertou o nariz dela.

-Quer que eu pegue mais algo para você comer?

-Quero que fiquei quietinha aqui... comigo. Vou sentir sua falta o dia todo, e ainda vou ficar preocupado...

-Eu te ligo várias vezes... e se me sentir mal peço a Jéssica pra te avisar. -Riu.

-Isso eu mesmo vou pedir... Vamos tomar um banho vai. -Ele disse e se levantou com ela em seus braços e caminhou até o banheiro.
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-Vamos amor, eu tô atrasado. -Ele chamou pegando as chaves de seu carro e sua mochila.

-Tô indo. -Agatha saiu correndo até a cozinha. -Vou levar uma maçã.

-Pelo menos fome você tá sentindo né... Vamos Agatha, você está descalça ainda, meu Deus mulher...

-Calma, eu tô procurando meu celular. -Ela reclamou e pegou seu tênis. -Coloco no carro.

-Toma... -Ele entregou o celular a ela e destrancou a porta. -Vai, vai, vai.

-Ah eu tô indo. Socorro... -Ela saiu apressada pelo corredor e ele riu.

-Olha pra você... mais enrolada impossível. -Os dois entraram no elevador e ele a abraçou.

-Quer que eu vá de táxi? Ai você vai direto. -Ela perguntou dando selinhos nos lábios dele.

-Nunca... vou levar você. Casa da Jéssica é caminho. -Eles saíram da caixa metálica e caminharam até o carro de Rodrigo.

-Olha, meu casaco... -Ela disse quando abriu a porta do carro.

-Tem mais coisa sua dentro do meu carro do que na sua própria casa... -Ele disse rindo e jogou alguns sapatos dela para o banco de trás.

-Acho que não... -Ela entrou no carro e começou a colocar seu tênis.

-Eu tenho certeza que sim, coloca o cinto. -Rodrigo fechou a porta e deu a volta no carro entrando em seguida e logo eles deixaram o prédio dela.

Minutos mais tarde Rodrigo estacionou em frente ao prédio de Jéssica.

-Obrigada!

-Não por isso... me promete três coisas? -Ele segurou o rosto dela entre suas mãos e beijou seus lábios.

-Prometo...

-Primeiro, se você sentir qualquer coisa, qualquer coisa, vai me avisar. Segundo, se alimenta, por favor. E terceiro... vai começar a ver suas coisas pra vir ficar comigo, okay?

-Você tá certo mesmo disso né? -Ela riu

-Muito certo... podemos cuidar um do outro... -Ele acariciou o rosto dela. -Agora vai. Antes que eu desista de ir pra ficar com você.

-Vou sentir saudade, bom trabalho.

-Me liga, não esquece. Te amo. -Ele sorriu quando viu ela entrar no prédio.

-Te amo. -Ela sorriu e acenou vendo ele se afastar.

Respirou fundo quando o perdeu de vista, Rodrigo a fazia sair de órbita, cada segundo ao lado dele era repleto de amor, o amor deles, que ela nunca havia sentido igual. Caminhou até o elevador sorrindo, Jéssica iria ficar doida ao saber que agora era sério, ela finalmente iria morar com ele.
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Mais um capítulo porque achei que o outro ficou faltando algo. Mas tô naquela dúvida se continuo ou paro aqui, que acho que também daria super né!?! Enfim, espero que vocês gostem.

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