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LOKI

A humana era interessante, e muito atraente por sinal, mas nada que eu já nao tenha visto. Ela caminha pelo quarto ajeitando suas coisas, enquanto eu a observava deitado sobre sua cama.
— Vai me olhar o dia todo ? — Disse ríspida se virando a me encarar com seus olhos castanhos.
— Tem razão, isso está tedioso, vou sair, até nunca mais eu espero — Respondi saindo do quarto a deixando sozinha.
Isso estava pior que a cela, viver com uma humana, a raça que eu mais despresava. Saí para fora do palácio, recebendo todos os tipos de olhares. No grande Jardim, ve Frigga caminhando com a prole da humana. Ele observava tudo maravilhado, e caminhava de forma engraçada com suas pequenas pernas, me tirando um sorriso que logo recolhi.
Observava tudo com atenção, mas com uma certa distância. Segui atrás deles, enquanto andavam pela cidade. Minha mãe como sempre, era parada e saudada pelos plebeus, e com um momento de descuido, a prole soltou de sua mão e correu para longe. Observava tudo parado, até que a vi se aproximando do penhasco e então corri para segura-lá antes que caísse. Pulei os canteiros de flores e esbarrei em algumas pessoas que se afastavam quando notavam quem era. Antes que o pequeno corpo caísse a beirada, agarrei o seu corpo o levantando no ar o prendendo contra mim.
A prole se assustou e se encolheu em meus braços, escondendo sua cabeça na curva do meu pescoço.
Um arrepio estranho me subiu, e não tive vontade de soltar Jack.
Ja estou até a chamando pelo nome...
Frigga nos viu e correu até nós.
— O que aconteceu ? — Perguntou nervosa.
— Ele quase caiu, se não fosse por mim a pega-lo — Respondi.
A criança chorava em meus braços, sentindo o tecido da minha armadura se umedecer.  Ela tirou o seu rosto da curva do meu pescoço, e então vê um de seus olhos azuis ficarem vermelhos e sua pele a se tornar azul. Algumas pessoas que estavam próxima, olharam com desprezo se afastando. Levei minha mão até seu pequeno rosto e assim que meus dedos tocaram a parte azul, minha mão foi se tornando azul novamente, porém logo foi ficando branca, assim como o rosto da criança.
— Não pode correr dessa maneira pequeno — Frigga falou pegando-o de meus braços.
Eu estava em choque, fazia tantos anos que não via minha real forma que aquilo me intrigava.
— Está tudo bem Loki ? — Frigga perguntou vendo meu desconforto.
— Eu preciso ir — Falei me afastado.
— Obrigada papai — Ouvi o pequeno falar.
Meu corpo parou, e pensei em virar, mas estava em choque de mais para tudo isso. Sai praticamente a correr, voltando para o palácio. Fui até meus aposentados, que Odín colou de frente para o da maldita humana.
Eu mereço!
Caminhava de um lado para outro do quarto. Por que aquela criança me deixou daquela maneira, eu seria mesmo o pai dela? Só pode ser loucura. Buscando uma maneira para as minha resposta, resolvi perguntar a humana no quarto a frente.
Passei pelos guardas que protegiam o meu quarto é então adentrei o da humana. Não havia ninguém no quarto, apenas o barulho de água que vinha do banheiro. Caminhei com cuidado até o cômodo e logo encontrei a visão de algo que me agradou.
A humana estava de costas, usando apenas um roupão branco. Ela desamarrou e o deixou escorregar pelos seus ombros, até que atingisse o chão. Um corpo com belas curvas se revelou e foi inevitável não olhar para o seu rabo. Sua pele bronzeada dava um constraste perfeito com os cabelos caramelos que escorriam por suas costas, uma bela imagem. Ela caminhou até a banheira e se deitou, deixando que seus seios ficassem a mostra mesmo que por breve segundos. Assim que virou para pegar o sabonete, ela notou minha presença e soltou um grito, se escondendo entre as espumas.
— A quanto tempo está aí ? — Esbravejou.
— Tempo suficiente para perceber que as midgardianas não são tão ruins — Respondi a olhando de forma sensual.
— Saia daqui! Antes que eu chame um dos guardas — Falou nervosa.
— Eu adoraria vela sair dessa água — Disse me aproximando.
— Não chegue perto de mim! — A humana se encolheu ainda mais.
Eu não iria fazer nada ela, mas não nego que adoraria ver tudo aquilo novamente. Caminhava para mais perto, quando aquele som irritante apareceu.
— Banheira! — A criança gritou, correndo até ela pulando dentro da água.
— Oi meu amor — A humana falou, tirando os cabelos molhados do rosto da sua prole.
— A água tá quentinha — A criança falou deitando no colo da humana, impedindo que visse seus seios.
Maldita cria...
— Vem banhar também papai! — O pequeno ser falou!
A humana arregalou seus olhos, sabia que não era pelo convite, mas sim pelo que ela me chamou.
— Talvez outro dia, vou me retirar agora, foi um prazer lhe ver humana — Sorri de forma maliciosa e sai.
A mesma ficou sem graça e desviou seu olhar para a criança. Por isso as odeio, sempre chegam em horas oportunas.
Enquanto voltava para o meu quarto, o toque da criança me incomodava. Como ela conseguiu trazer minha verdadeira natureza à tona, eu sempre consegui manter a estabilidade da minha pele humana, nunca me ocorrera algo semelhante. Deitado no grande colchão macio, fechei os meus olhos e dessa vez, meus pensamentos foram de encontra as belas curvas da humana no quarto a frente.

(Concluida) ICE- Loki  (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora