Does he know you like me?

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"Mas eu odeio principalmente 

Não conseguir te odiar 

Nem um pouco 

Nem mesmo por um segundo 

Nem mesmo só por te odiar."


— 10 coisas que eu odeio   em você.



Ainda imóvel pelo impacto da recente aproximação de Ben, Rey assistia o sereno noturno cobrir as águas do rio que enviava brisas geladas sobre ela nas margens. Finn ainda estava lá, lambendo os dedos pela falta da comida que acabara de devorar e dizendo algo sobre Poe estar vindo até eles, mas ela não escutava. Ao menos não a ele.

Alguns sussurros brutos eram audíveis, mesmo que por longa distância —, Rey sabia que não falavam com ela, porém insisitia em tentar saber sobre o assunto. Palavras como trégua e tratado de paz chamou sua atenção. A voz não vinha de Ben, disso ela tinha certeza, mas vinha de alguém de posição inimiga. Então ela fechou os olhos e se concentrou em tudo que a cercava, em especial o que queria ouvir. Houve um estalo e em seguida o soar rígido de um homem dizendo que eles precisavam de tempo para se erguerem, pois o ataque a supremacy trouxe danos altos a primeira ordem. Um tratado civil com a rebelião daria tempo para eles se erguerem pelas sombras, e melhor, sem correrem o risco de serem atacados.

Rey não pode evitar ficar chateada com aquilo, cada palavra dita para Ben havia sido em vão!? Ele seguiria aqueles conselhos? Não. Ben condizeu com ignorância a proposta do homem, não queria ser do tipo covarde demais para viver com medo da rebelião. Embora também não quisesse destrui-la, ao menos não agora. Algo dentro dele, que esteve perdido por muito tempo, havia finalmente sido encontrado. E ele não sabia o que fazer, precisava de ajuda. Da ajuda de Rey... 

A conversa, antes tão clara, agora confusa e baixa. Ela escutava sons parecidos com estalar de dedos, porém não faria sentido. Estalar de dedos. Dedos. Atenção. Finn?!

— Ela está bem? — Dessa vez era Poe que perguntava, o nervosismo era notável em sua voz — isto é um ritual jedi ou algo assim?

— Não acho que os Jedi ficam petrificados na beira do rio. É mais sobre levantar pedrinhas e controlar mentes.

Eles trocaram olhares rápidos, mas logo voltaram a encara-la.

— Será que é hipotermia? Deveríamos chamar un droid médico? — Poe questionou ainda mais exaltado, não era de seu costume tratar de coisas que não fossem do hiperespaço, e ele já estava aos nervos pelas razões que o levaram até ali. Então por instinto — ao menos ele preferiu pensar ter sido — ele tocou o rosto da garota em sua frente com uma delicadeza especial. Por tanto, acabou sendo surpreendido por uma Rey ofegante e agitada, afastando alestradamente seu toque. Seu olhar estava distante, repleto de dor e solidão. — Rey! Rey! Sou eu, Poe.

Em segundos sua visão se tornou menos turva para realidade, e ela pode ver as feiçãoes de aflito no rosto de Finn e Poe em sua frente. Ela precisou de um tempo para buscar o fôlego e afastar as lembranças do quê acabara de escutar.

— Vocês me assustaram! — Rey falou entre um suspiro cansado, a força ainda usava muito de seus esforços.

— Nós te assustamos? Estamos tentando falar contigo já faz cinco minutos! —Respondeu Finn, também preocupado. Ele iria dizer mais, mas acabou sendo interrompido por um beep curioso de BB-8, que vinha rolando até a areia.

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