"Me prometa isso.
Você esperará somente por mim. Com medo dos braços solitários emerge, bem abaixo essas palavras.
Talvez, apenas talvez, eu irei para casa."
— Ben Howard
Quando se virou, havia um homem escorado ao vidro. Destruído por um furacão de emoções. Os cabelos não passavam de ninhos oleosos, e seus olhos nitidamente aclamavam para serem fechados, sua iris estava nublada e vazia, como o olhar de um cego que dava falta da vida que um dia enxergou.Rey se questionou do quê havia acontecido a ele, certamente tinha uma parcela de culpa, mas qual?
Através do vidro, Poe Dameron vislumbrava a figura indefesa de Kylo Ren adormecido após uma longa tarde na presença dos droids cirurgiões. A bolha do casulo médico envolta da cabeça e coberto pelo traje bacta de flexpoly transparente, cheio de bolsas de líquidos e conectado a vários tubos e injeções. Poe conseguia ver sua pele muito pálida e repleta de marcas por debaixo do traje. Por um momento ele tornou a olhar a menina sentada no chão frio de frente a sala restrita, as pernas encolhidas de medo e o rosto encostado no joelho com uma expressão de devastação. Ela estava cansada de esperar, mas também não iria embora sem antes certifica-se que o homem lá dentro estava bem. Poe não soube conter sua mágoa ao vê-la amar Kylo Ren do modo que desejava ser amado por ela.
Ontem a noite, quando dançaram juntos e ela mostrou-se feliz com sua presença, ele iludiu-se com uma conclusão precoce de que eles dariam certo dali pra frente. Mas não, Rey não estava apenas apaixonada como estava apaixonada por seu maior inimigo.
— Você está bem? — Sua pergunta foi vazia, não queria que ela desabafasse sobre o qual doloroso foi ter aquele ser monstruoso quase morto em seus braços e o qual triste foi isso. Esperava que ela tivesse entendido que havia sido retórica, e que ele apenas queria ouvir sua voz e remoer um pouco da raiva.
— Você está bem? — Rey retrucou, limpando as lágrimas paradas sobre as bochechas. A cor de seus olhos eram quase intangíveis detrás de toda dor que era apresentada inicialmente por eles. Solidão. Angústia. Medo. Ela sentia tanto que Poe sentiu raiva si mesmo por sentir raiva dela por sentir afeto por outro.
— Não tanto, — Ele olhou novamente para o vidro, tocando o blaster em sua cintura — nunca imaginei que vocês tivessem algo.
Ela olhou para baixo, era muito cedo pra tocar no assunto mas Poe precisava saber do pouco que tinha com Ben.
— E não tínhamos. Quer dizer, sim, mas não. Entende?
— Não.
Eles deram uma fraca risada, algo insuficiente para quebrar o clima abrangido entre eles.
— Você parece gostar muito dele. Vi como o protegeu hoje. Na verdade, todos nós vimos. — Ele virou o rosto quando ela o encarou de volta, não queria dar sinais que estava prestes se alterar com ela. Dameron passou a mão em sua barba por fazer e encostou novamente no blaster em sua cintura. — Como pôde confiar nele sabendo tudo que fez conosco? Como pode se entregar a ele? Ele é mau, Rey. Você sabe que sim. Há escuridão dentro de Kylo Ren que nem mesmo você é capaz de iluminar.
Suas palavras não eram arrogantes e muito menos raivosas. Elas eram gentis de um modo que partiu Rey muito mais do que partiria se fosse intencionado.
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Wanna join me?
General Fiction❝E se não houver amor suficiente para nós dois, te darei todo o meu❞ Após a morte de Snoke e a permanecia da conexão da força, Kylo Ren e Rey encontram-se entre a decisão de vencer a guerra ou deixarem seus sentimentos falarem mais alto. https://ww...