You need to hear me!

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Olá criaturinhas do mal aqui presentes :) Quero já começar pedindo minhas sinceras desculpas pela demora.

Esse cap, eu prometi a alguém que sairia no sábado, mas eu peguei um trabalho por fora que tomou TODO o meu final de semana, sem brincadeira. Também, eu resolvi adicionar mais uma cena a este capítulo, antes que eu deixasse passar em branco, que é muito importante. Vocês vão vão.
Espero que esse cap possa aplacar um pouquinho da saudades de vocês :)

Desculpe não escolher nenhuma música hoje, mas não  tive tempo de escolher :(

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Pov Lauren
Boston, Massachusetts
02 de Outubro, 2019.

Eu levei o copo reciclável ao lábios, sentindo o café aquecer minha boca enquanto meus olhos se mantinham presos na tela do Macbook a minha frente. Deixei o copo em cima da mesa e fechei os olhos com força, sentindo o incômodo em minha vista por tanto tempo respondendo a e-mails e lendo relatórios.

Decidindo por um descanso, eu fechei a tela e me recostei contra o estofado da cadeira. Meus músculos queimavam por tanto tempo na mesma posição desconfortável. Movi os ombros, levando meus dedos ao músculo esquerdo e o massageando como conseguia.

Eu me levantei caminhando para a grande parede de vidro. Como o quarto de Nathan era no quinto andar, nós conseguiamos vista para o Lederman Park, que acabava quando o Rio Charles começava. Hoje era terça, então não havia muitas pessoas no parque, mas eu conseguia ver alguns grupos de jovens sentados na grama verde.

Ouvi um suspiro fundo e voltei meus olhos para meu irmão, observando de longe enquanto ele encarava a parede fixamente. Rangi os dentes, suspirando com tristeza.

Ele estava assim desde ontem, quando acordou e ouviu calado enquanto a Doutora Bardot explicava calmamente o porque ele não conseguia sentir suas pernas. Desde então ele não proferiu uma única palavra.

Nossas amigas estiveram aqui, tentaram conversar e animá-lo, mas ele nem sequer levantava o olhar para elas. Não quis falar comigo, ou nossas mães... nem mesmo Sofia conseguiu retirá-lo de sua bolha de silêncio. Meu coração se apertava de um jeito estranho e desconfortável sempre que pousava meus olhos sobre ele, mas decidi deixá-lo digerir a notícia em seu próprio tempo.

Ele também recebeu visita de um fisioterapeuta e um psicólogo, mas pasmem... sequer os olhou.

Me desencostei da parede de vidro e caminhei para o sofá-cama, me sentando e tentando relaxar o máximo possível. Meu celular vibrou em meu bolso, e eu não demorei a sorrir para a mensagem em minha tela.

Taylor havia acordada um pouco febril hoje e minhas mães, preocupadas como são, não demoraram a levá-la ao pediatra. Agora Clara me atualizava de que era apenas um resfriado leve, e a pestinha havia confessado comer uma boa quantidade de sorvete ao acordar na madrugada e não ter nenhum adulto para impedi-la.

Meus olhos se moveram para a porta quando Sofia adentrou o quarto calmamente, lançando-me um rápido olhar antes de caminhar em direção ao leito de seu noivo. Eu observei enquanto ela sentava-se na beira da cama, tocando os ombros de meu irmão suavemente e acariciando.

- Oi meu amor... sente-se melhor? - Ela perguntou baixo, mas eu consegui ouvir. Esperei pela resposta de meu irmão, mas quando ela não veio ergui meus olhos para os dois a tempo de ver Sofia levando o polegar sobre os olhos. - Por favor lindo, fala comigo... qualquer coisa Nate, eu estou enlouquecendo de preocupação aqui. - Eu suspirei para sua voz embargada, me levantando sorrateiramente e me retirando do quarto para dar-lhes privacidade.

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