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💄▪ Enna Wadson ▪
Vocês devem se perguntar, o que uma mulher bem sucedida está fazendo indo atrás de um cara que sempre a humilhou.
Eu recebi o papel de alta à poucos, e também não fiz questão de que meus parentes fossem me buscar. Mas fiz questão de receber o papel com o endereço de Tom.
Veja bem, não acho digno deixar ele sair assim, parecia magoado por alguma razão, e mesmo se não estivesse, eu deveria agradecê-lo. Ele me atropelou, mas eu também estava errada, e de toda forma não deveria tê-lo tratado mal.
Eu havia ido primeiro em casa, era cerca de 23:00, e deveria estar um pouquinho frio, então opto por tomar um banho quente e coloco uma saia que batia um palmo acima do meu joelho, um top e um salto baixo, mas elegante.
Totalmente preto. Talvez eu estivesse indo à um velório.
Peço um táxi e mostro o endereço ao taxista. Enquanto isso começo a revirar meu celular, tinha diversas mensagens, e para piorar me removeram do grupo da Power Woman.
— Eles que se fodam. – Resmungo baixo, jogando o celular para longe, e com longe digo minha bolsa. Tenho dinheiro, mas não sou inconsequente para quebrar meu querido celular.
— Disse algo? – O motorista pergunta, havia até esquecido da presença insignificante daquele ser iluminado que me conduzia rua afora.
Insignificante e iluminado... Duas palavras tão diferentes, mas que eram tão iguais, por exemplo, ambas contém 9 letras.
Por favor, se você releu ambas para contar você é um imbecil.
— Estamos longe? – Disfarço, me apoiando na janela e sorrindo fraco para o homem.
— Não senhora, logo chegamos. – Ele responde e eu me sinto aliviada.
Mas bem, o que falaria?
Oii, Tom. Tudo bem? Queria te pedir desculpas se fui grossa, já que né, tenho tendência a ser. E ah, obrigada por me salvar, mesmo tendo sido você e sua cegueira que tivessem me atropelado.Melhor não.
— Chegamos. – Ele avisa, parando na frente de uma casa com dois andares. Era um bairro simples até, mas a casa era modesta, bem bonita e provavelmente que a mulher dele fosse estranhar minha presença mas...
— Obrigada, pode esperar? Se não me atender eu volto e termino a corrida, pode ser? – Pergunto ao taxista, que apenas diz que tudo bem e então eu saio.
Rodeio a casa umas duas vezes, e enfim chamo, mas ninguém atende.
— Tom? "De casa?" – Chamo mais alto, batendo palma para atrair a atenção.
— Quem chama? – Um senhor aparece na janela de cima e eu franzo o cenho, confusa.
— Er... O Tom está? – Pergunto sorrindo, e sou logo retribuida pelo senhor.
— Minha filha, a esse horário ele deve estar na JK. – Ele responde e eu solto um obrigada, mesmo sem entender e volto para o táxi.
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Perdendo A Linha
RomanceEnna Wadson é ou melhor, era a diretora chefe de uma renomada revista feminina, a Power Woman... Entretanto, um belo -e com belo diz-se péssimo - dia, Enna recebe o desprazer de ser demitida. A mulher, que há poucos havia saído de um relacionament...