BONDAGE

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Atenção: capítulo com conteúdo sexual explícito. Deve-se ater ao fato que toda prática BDSM deve ser feita após estudo e conhecimento, para melhor desenvolvimento da cena.↩

Bondage: Fetiche por amarrar ou ser amarrado, de forma a imobilizar o parceiro e assim usufruir dele sem pudor. Também é o significado da letra B de BDSM (acrônimo)↩

Mídia:  Amarra de Couro para Cama. Acessório usado por Enna com Tom na cama. Imagem NÃO explícita, caso queiram ver com um corpo de alguem, basta pesquisar que aparece ❤️

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🔥▪ Tom Marcory ▪

Então aquela era Katrine? Sendo franco, eu não conseguia entender porque tanto ódio entre Enna e a loira. Sim, o contrato diz que não devo ter relação com qualquer outro fora Enna nesse período, o que explica boa parte. Boa parte dos chiliques da morena se davam por temer que Katrine descobrisse e a dedurasse. Mas me tratar daquela forma, era quase uma demonstração evidente de um ciúme. Porra, eu não havia entendido nada.

Porque merdas Enna teria ciúmes? Se é que aquilo era ciúmes. Pelo o que conversei com Thaygo, a irmã sempre tende à tratar as pessoas como objetos... Talvez, ao notar o olhar descabido da prima em mim, seu senso tenha explodido.

Aliás, que família bizarra. Talvez o mais normal com o sangue dos Ciprio – Ou Wadson, levando em conta que dá exatamente no mesmo.– seja o Thaygo.

Ou não. Deus sabe lá o que me aguarda nesse verão. Antes que eu pudesse porém concluir qualquer reflexão de um dos tópicos acima, Katrine chama minha atenção com um de seus papos fúteis, papos esses que dava corda simplesmente para manter a aparência de bom moço... Tudo que eu não tenho.

— Não fique preocupado para a Enna, ela não consegue manter a classe... As vezes. – A mulher diz, atraindo um olhar repreensivo da tia, que na verdade, subia no topo da normalidade da família até então. Noto a mão direita de Katrine, fina e alva, com um anel discreto, mas existente, no dedo anelar.

— Não estou preocupado... Pelo contrário. E você? Namora? – De um forma bem indiscreta lanço um olhar ao seu anel, que é logo motivo para entreolhadas da família e a garota. Solto um sorriso, feliz por ter achado um pretexto temporário para que a mulher deixasse de me cantar.

— Ah, sim. Na verdade, estamos noivos. Vim contar a notícia, mas bem, saiu antes do previsto. – Ela sorri. Um riso amarelo, desdotado de gosto. Mas seus tios quase dão pulinhos e cantam o "parabéns para você", tamanha felicidade. Ela era tão encalhada assim?

Seguro a risada, mas dou meus parabéns de forma cordial. O vinho que tomava antes já servia de efeito, me deixando levemente tonto.

— Hey, que tal se fôssemos para a festividade anual? Ainda é cedo, que acham? – Thaygo sugere, logo sendo sua idéia bem aceita pelos demais, inclusive à mim. Gostava da presença deles – Katrine era dispensável, mas não era tão cruel. – e por isso de imediato aceitamos o convite.

O Sr. Ciprio fecha a conta, logo nos encaminhando à pé mesmo a um lugar não muito distante, que se mostrava quase um parque de diversões. Antes de me aproximar porém, recebo uma mensagem, Enna.

📱EnnaVenha para casa. Não é um pedido.

Seria errado gostar dessa maneira de agir? Por um breve instante minha mente desenha suas feições, pronunciando de modo pausado e poderoso cada palavra.

Perdendo A Linha Onde histórias criam vida. Descubra agora