Capítulo 11

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Heeey fazia tempo que eu não aparecia, né?!

Pois vamos continuar essa história, que deixei na metade pra vocês T-T

E com fé em deus terminar as outras duas que também parei de escrever. Força!


Espero que curtam os capítulos novos! See ya

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Ainda habitava em mim a sensação de que eu podia estar naquele pesadelo, mesmo acordada e com os olhos bem abertos. Precisei respirar fundo e me concentrar por alguns minutos. Mesmo isolada no meu quarto fui capaz de ouvir os pensamentos da minha mãe e dos meus irmãos. Eu estava em casa.

Era um pouco mais cedo do que o meu horário habitual de acordar, mas me aproveitei disso para tomar um longo banho e tentar acalmar meu coração. Apesar do calor, coloquei uma blusa de manga comprida. Não queria as pessoas olhando para meus pulsos, as marcas que tinham sido deixadas lá.

Minha mãe não parecia muito feliz com a minha ida a escola, achava que eu deveria ficar em casa descansando. Precisei de muita lábia para convencê-la de que eu estava muito bem e poderia me virar sozinha. E Luci ter vindo me buscar de carro com os pais dela também ajudou.

— Seu cabelo está mais claro? — ela perguntou de primeira.

Franzi o cenho. Puxei uma mecha do cabelo. Realmente tive essa impressão, mas devia ser o sol. Dei de ombros.

— Espero que ninguém tenha ficado sabendo do... — Não precisava terminar a frase, Luci sabia muito bem o que era e teve a delicadeza de não puxar o assunto sem que eu falasse sobre aquilo por vontade própria. E a última coisa que eu queria era ficar famosa na escola por aquele tipo de coisa.

Ela fez uma careta. Não precisei nem perguntar porque. Ouvi seus pensamentos e os de seus pais também. O resgate tinha aparecido na televisão. Eu tive, oficialmente, meus 15 segundos de fama e nem sabia, essa era a melhor parte.

Nos corredores, inúmeras pessoas me pararam para perguntar se eu estava bem, traumatizada e coisas do tipo. Precisei forçar o meu melhor sorriso até chegarmos na nossa sala, onde mais algumas pessoas jogaram sobre mim uma enxurrada de perguntas, que Luci teve a delicadeza de responder no meu lugar.

Abri um livro e me escondi atrás dele. Então, ouvi meu nome ser chamado em alto e bom tom. Senti minhas bochechas queimarem.

Carl vinha na minha direção, seguido por Tim. Ele se ajoelhou a minha frente e me abraçou.

— Eu estou bem — falei, dando alguns tapinhas em suas costas.

— Você vai sufocá-la, Carl — Luci o puxou pelo colarinho.

Ele se afastou, me dando espaço para respirar.

Foi a vez de Tim de se aproximar, mas não me abraçou, apenas apertou minha mão.

— Ficamos preocupados. Você parece bem — disse Tim. — Tomei um susto quando ouvi seu nome no noticiário.

Carl parecia estranhamente calado.

— Todos tomamos — adicionou Luci.

Eu sorri. Mas aí eu ouvi outra voz. Não estava falando comigo, era com outra pessoa. Eu estava me concentrando para não ouvir os pensamentos de ninguém naquela manhã, mas a voz de Dean se sobressaia no silêncio.

"Eu gosto muito de você, Marizza, mas isso... Acho que não pode passar de amizade."

O que? Ele estava terminando com ela?

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