Se passaram dois dias. Não tiveram a sorte de encontrar um veículo funcionando, assim seguiram viagem a pé.
Caminharam por horas, sem contar as paradas que sempre deixavam Walter furioso.
Já estavam distantes do sul. Aldous lembrara de passar por cinco placas, a última forá da roda 33.
– Precisamos de um carro, Walt.
– Não me diga. - tomou um gole d'água.
– Já passou das seis. - checou o relógio. – Devemos parar.
– Fique a vontade. - continuou.
– Eu fui bonzinho com você nesses dois últimos dias, Walt. A gente não parou. Mas minhas pernas tão pedindo arrego. - sentou no pneu jogado na estrada. Junto, haviam caixas de madeira. – Sei que as suas também.
Walter parou.
– Ainda tem aquele Halls?
– Tenho. - sorriu.
[...]
Fizeram uma fogueira perto de um depósito. Do lado havia um enorme galpão.
– Já chequei a área. - Aldous disse. – O galpão tá cheio de bichos, mas o portão tá acorrentado. Nada perigoso. E você? - Walter estava deitado ao lado do fogo – Walter? - ouviu seu ronco. Sorriu.
Escutou um grunhido a sua esquerda. O morto-vivo saiu de trás do galpão.
Foi até o zumbi. Puxou a faca, mas parou quando o morto foi ao chão com um disparo.
Se virou, vendo um homem em cima do telhado com o rifle em mãos.
– Solta a faca. - disse a voz máscula. Sentiu o cano da arma encostar em sua nuca.
– Tá legal. - soltou.
– Vai. - empurrou ele.
Aldous olhou por cima do ombro, vendo um homem de regada, braços tatuados, um boné virado para trás e com calças rasgadas.
– O que querem?
– Só colabora. - mais um homem saiu de trás do galpão. O mesmo foi até Walter.
– Levanta. - disse o homem de baixa estatura, pardo e com um óculos sem perna. Vestido com a camisa do Iron Maiden, calça de moletom e dois sapatos desiguais.
Walter continuava dormindo.
– Acorda! - chutou ele. Walt acordou na mesma hora. – De joelhos.
Walt obedeceu. O outro fez o mesmo com Aldous.
– Levem o que quiserem.
– Nada disso. - Walter negou.
– Fica quieto, de repente a gente sai dessa. - cochichou.
– Quietos. - disse o baixinho. – Revista a bolsa deles, Douglas.
O homem de boné obedeceu.
– Cacete. - viu as armas. – Parece que temos policiais aqui.
– Aí! Marco! - o baixinho gritou para o homem no telhado. – Tem dois tiras aqui!
– Na verdade cê tá enganado... - Aldous foi interrompido.
– Dane-se. Vamos levar tudo. - se curvou para pegar a mochila de Walter. O mesmo puxou seu braço e o imobilizou.
Douglas reagiu na hora. O tiro que deu acertou o chão ao lado de Walter, pois Aldous interviu, batendo no braço dele.
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O Outro Mundo
Science FictionDepois de um vírus se alastrar pelo mundo, Aldous viveu sozinho em sua casa pelo tempo que precisasse até tudo acabar. Era algo que ele pensava ter fim. Um derivado de Era Zumbi.