T1 C5: Persistente

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Walter ficou a noite toda à espera do sinal voltar.

Amanheceu e Aldous saiu do escritório. Se espreguiçou e bocejou. Estranhou ao ver o amigo em cima do balcão com o braço erguido.

– Por que não me acordou pro meu turno?

– Este rádio transmitiu sinal durante a noite. - continuou tentando.

– É? E o que exatamente ele transmitiu?

– Uma voz. Não sei se era gravada, mas eu ouvi. Falou sobre um lugar, um lugar seguro. Depois da milha 13.

– Espera, o quê?

– Temos que ir pra lá. - desceu.

– Walt, deixa eu ver se entendi. Quer ir pra tão longe assim, para um lugar que nem ao menos você sabe se existe?

– Eu sei que existe. Eu ouvi, Al. Comunidade Compartilhada do Estado, número 66. Exatamente assim.

– Então... Você acha que seu filho vai estar lá?

– Por que não? Se eu pude ouvir, ele também pôde. E caso ele não esteja lá, podemos ficar até que ele chegue até nós.

– Tá certo. Mas, vamos precisar de um carro.

– É pra já. - foi se dirigindo aos fundos.

– Ei. Espera, ainda não tomei meu café.

[...]

Conseguiram pegar uma viatura no estacionamento. Tiveram sorte das chaves ainda estarem no claviculário da delegacia.

Walter assumiu o piloto, sendo ele o único que sabia o caminho para a comunidade que Aldous ainda não tinha certeza de existir.

Passaram por uma área de construção abandonada, depois por uma placa de redução.

– Não, por favor não. - Walter negou.

– Mas que droga.

A ponte para a continuidade de sua viagem estava destruída. Os ferros ainda se sustentavam entre uma parte e outra.

O rio corria fortemente abaixo dos destroços.

– Tá, vamos dar a meia volta e passar pela floresta mesmo.

– Nem pensar. - Walter disse na hora. - Vamos perder mais tempo. E nem temos tanta gasolina no tanque. Vamos desperdiçar um dia.

– Walt, a comunidade não vai sair do lugar.

– Não quero perder tempo.

– Acredita mesmo que seu filho esteja lá, não é?

– Acredito.

– Bem, se ele estiver, vai querer o pai inteiro. Por isso eu sugiro a gente perder um dia, do que a vida.

– Vai em frente, porque eu vou passar esta ponte.

– Nunca acreditei que os mortos voltariam a vida. Mas se você está propondo passar esta ponte flutuando o carro no estilo Harry Potter, eu adoraria ver.

– Aquela área de construção lá atrás, podemos pegar um pedaço de madeira ou algo do tipo e usar como ponte. Aí nós passamos.

– Sei não...

– Tanto faz. - deu marcha ré.

– Walt!

– Se quiser sair, vai em frente! - Aldous ficou quieto.

– Tudo bem... A gente pode tentar.

[...]

Pegaram dois enormes pedaços de madeira, um parecia ter dois metros de alturaa e o outro o tanto menos.

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