Uma dor horrível perpassa minha cabeça quando tento levantar. Olho para o lado e vejo Josh do jeito que veio ao mundo, um fino lençol branco cobre parcialmente sua cintura. Tento não olhar muito para ele e logo corro para o chuveiro.
Normalmente eu sempre faço um circuito mental antes de sair, mas agora eu corro sem rumo bem longe da residência. Olho o relógio depois de alguns minutos.
9:20
Tenho que estar no escritório daqui á pouco.
O cheiro dele não sai de mim. É uma sensação diferente de abstinência. Parece que suas mãos ainda estão passeando no meu corpo, que tipo de efeito colateral é esse?
Paro no banco mais próximo e começo um estranho diálogo de mim comigo mesma.
Mas e se ele fingir que nada aconteceu?
Você entra no jogo dele.
E se eu ficar com medo?
Aí você pode sair correndo.
Não pode, não!
Começo a correr novamente e afasto essas questões da mente.
O erro sempre foi pensar demais.
***
Enquanto o elevador sobe, meu coração parece ir no sentido oposto.
Sem perceber, já estou parada na frente da porta com a mão erguida.
Bate.
É só bater.
Dou três toques na porta antes de abrir.
Josh e Mirna me encaram e eu começo a tremer.
Ele se levanta da mesa parecendo inquieto, o único sinal do seu incômodo.
- Me desculpe, não queria atrapalhar. - Eu passo mais tarde.
Fecho a porta e saio à passos rápidos me xingando mentalmente. Quando viro à esquerdo no corredor alguém colide comigo. Felizmente ele me mantém equilibrada, apesar de ter soltado os papéis que agora se espalham pelo chão.
- Está tudo bem, Emma? - Peter pergunta, ajeitando os óculos.
Concordo com a cabeça e abaixo para ajudá-lo. O chão parece um lugar convidativo de repente, então ali eu me sento.
- Sim, na medida do possível.
Ele senta ao meu lado e põe os papéis na perna.
- Quem está lá dentro? - ele puxa assunto.
- Mirna. - ele ri da cara que eu faço. - Não sou muito fã dela.
- Você e metade do prédio. - ele diz.
- Almoça com a gente hoje? Geralmente saímos em grupo para comer.
- Claro, porque não?
Ele se levanta e depois me puxa.
A porta se abre e Mirna sai desfilando como se o mundo fosse dela. Nem nos cumprimenta. Na verdade ela mal nota.
Quando encaro Peter, ele está olhando seus quadris como no outro dia.
- Se fizer isso sempre que ela passar, vai ficar com torcicolo.
Sua risada contagiante toma o corredor.
- Primeiro as damas. - ele diz e faz uma mesura em direção a porta. - Eu entrego os documentos mais tarde.
Concordo lembrando do que vim fazer. O nervosismo volta e penso em correr.
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A garota de aluguel.
RomanceEmma precisa imediatamente de dinheiro para o tratamento da irmã mais nova, o qual a família não tem como pagar, até que seu médico faz uma sugestão tentadora. Para conseguir o dinheiro que tanto precisa, Emma toma uma decisão que nunca achou que to...