VII.

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— Cuida da minha irmãzinha — aperto a bochecha do Hayden. — Se eu sonhar que você a machucou de alguma forma, te quebro em vários pedacinhos — ameaço o fazendo arregalar os olhos e assentir, seu rosto já está todo vermelho.

— É verdade, roubou minha Charlotte de mim, agora cuida — Ruy da um cascudo nele e depois o abraça sorrindo.

Paro na frente da Charlie e sorrio segurando suas mãos.

— Se cuida, carrapatinho — faço ela se abaixar e beijo sua testa.

— Para de me chamar assim, achei que ao menos depois de eu me casar você iria parar com esses apelidos nojentos — resmunga revirando os olhos, mas acaba sorrindo depois.

— Jamais — mostro a língua e me afasto, Aley vai abraça-la em seguida. Depois de se despedirem de todos, os noivos são levados para o hotel que vão passar o final de semana. O papai, mamãe e a Kaya vão juntos. Os familiares se despedem e vão embora também, até a Laura e o Vitor, somente a Diandra e o Scott, e a Marie e o Carl, mas eles vão juntos com a mamãe e o papai. Então ficam só os filhos comendo, bebendo e passeando sem fazer nada de útil. Aley mesmo está deitado no gramado ao lado da Alicia e do Ruy, o Bellamy está sentado na calçada mexendo no celular, os menores ainda estão brincando, a Nina, o Zac e a Bella jogam cartas rindo, mesmo não sendo tão novos assim, eles sempre se divertem quando se juntam.

Corto um pedaço enorme de bolo e coloco num copinho, pego uma colher e caminho até a piscina, puxo o vestido o embolando nas coxas e sendo na borda enfiando minhas pernas na água. Se a Charlie ou a mamãe me vissem assim, elas surtariam.

Sinto o cheiro dele antes dele parar ao meu lado, pela visão periférica eu o vejo dobrando a calça até os joelhos e fazendo o mesmo que eu, senta na borda e coloca as pernas na água.

— Está quentinha — sussurra e eu assinto levando um pedaço do bolo a boca. — Acho que só você comeu um terço daquele bolo — franzo a testa o olhando indignada, mas como minha boca está cheia, não consigo falar nada. Ele ri. — É sério, toda vez que te vejo esse copinho ta cheio.

Termino de engolir e respondo:

— É que eu demoro pra comer — me defendo, ele levanta as sobrancelhas sorrindo. — Ah, fala sério, esse bolo ta muito bom! Essa cobertura de glacê de leite condensado me mata! — Falo levantando uma colher só com glacê. — Você já provou? Vai ver que estou falando sério.

Ruy levanta as sobrancelhas.

— Eu adoraria provar. — Aponto pra dentro de casa.

— Então vai lá pegar — resmungo, até parece que darei o meu pra ele!

— Ah, não se incomode, quero pegar de outro lugar — dito isso ele segura minha cabeça me virando pra ele e me beija. Só tenho tempo de largar o copo e segurar em sua nuca.

Nosso beijo é forte, Ruy me puxa para o seu colo e me segura firme na cintura e na nuca, seus dedos estão embrenhados no meu cabelo que já está desfazendo o penteado. Ele chupa minha língua com gosto e vez ou outra brinca com a sua na minha boca, seus movimentos são repletos de confiança, ele sabe bem o que faz, poucas vezes encontrei pessoas com uma pegada dessas, eu mesma não sei se sou uma.

Sua mão que estava na minha cintura escorre até minha coxa e adentra o vestido ficando por cima da minha bunda com apenas a pequena calcinha de renda, Ruy faz questão de passar os dedos por cima dela e por minha pele.

Nos afastamos quando o ar nos falta e nos encaramos, seus olhos brilham com força, ele parece ter ouro em volta da pupila. Sua respiração bate com a minha se misturando, deixando um aroma adocicado.

Indomável - Eva [2°história]. Onde histórias criam vida. Descubra agora