Golpe.

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E para todos, votem e comentem bastante!

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Quando eu cheguei em casa, fiz um enorme rodeio para que Su Mi não visse minha cara inchada.
Ela estranhou pois assim que cheguei, já entrei em meu quarto dando a ela somente um "oi" rápido, eu e Su Mi sempre conversávamos muito sobre várias coisas quando eu chegava da escola, ela me perguntou se tinha algo de errado e eu disse que estava tudo bem, que hoje era meu primeiro dia no curso de coreano e eu estava atrasado.

Pois é, meu pai disse para Su Mi que eu estava em um curso ao invés de ter um professor particular, ele me falou que isso iria evitar um conflito e ela se sentiria melhor sabendo que eu a troquei por um profissional e não por um amador como ela. Eu apenas concordei com a ideia do meu pai, por mais que mentir para Su Mi me deixasse um pouquinho bolado.

Mesmo assim, eu não consegui escapar das garras dela. Su Mi abriu a porta do meu quarto e me encarou, eu estava deitado em cima da cama, de uniforme e tudo, olhando para o teto.

- Tire os pés da cama, Taehyung. - Ela disse em um tom baixo, batendo de leve no meu pé. Eu olhei para ela e me sentei, colocando meus pés no chão.

- O-O que foi? - Gaguejei, eu tinha chorado um pouco antes dela entrar, minha voz estava embargada e eu fiz o possível para disfarçar. Claro que não deu certo.

- O que aconteceu com você? - Ela se sentou ao meu lado, e eu desviei meu olhar do dela. - Você parece triste, desde a semana passada na verdade, e eu sei que você estava chorando.

Su Mi era um pouco atrapalhada e às vezes desatenta, mas ela era muito carinhosa e doce, eu acho que o termo madrasta não definia exatamente o que ela era, eu acho que gostaria que ela fosse minha mãe de verdade.

- Ah, não é... - Mais lágrimas insistiam em descer, eu limpei rápido já sabendo que meu disfarce caíra por terra. - Na... da...

Su Mi me abraçou, e passou a mão pelas minhas costas, me consolando de algo que ela nem sabia o que era.

- Não fique assim, não deixe sua mãe preocupada...

O fato dela dizer que era minha mãe, fez meu coração ficar mais mole e eu chorei mais um pouco antes de me controlar e sair do seu aperto.

- Su Mi... quando você conheceu o meu pai, quem se apaixonou primeiro?

- Eu me apaixonei primeiro - ela sorriu. - Eu lembro que seu pai foi tão gentil que eu não pude resistir.

Eles se amavam tanto...

Acho que eu nunca conseguiria um amor assim.

- E o papai não ligou para o fato de você ser de outro país?

Su Mi suspirou.

- Na verdade, haviam centenas de garotas canadenses muito bonitas, elas tinham curvas incríveis e eram tão espontâneas que eu pensei que não teria a mínima chance. - Os olhos dela brilhavam um pouco enquanto falava. - Como você pode perceber, as mulheres do nosso país não são tão... fartas em relação à curvas.

Quando eu conheci Su Mi, eu mesmo me lembro de pensar no fato dela ser muito magrinha, mas agora ela estava um pouquinho mais corpulenta por conta da gravidez.

StrawberryOnde histórias criam vida. Descubra agora