Amor na latinha.

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Houve um tempo que eu realmente cheguei a acreditar que coisas como o amor eram bem simples.

Mas deixa eu te mandar a real: não são.

Nunca encontrei algo tão difícil de lidar como um coração partido, é uma espécie de dor incurável, sabe... em todos os filmes e livros em que li que contêm tal assunto, todos diziam que era uma coisa que somente o tempo curava. Porém, esperar o tempo chegar que é o problema, porque quanto mais você se convence de que já vai passar, maior a dor fica, e aí vem o estágio pior, aquele em que você quer que todos os casais tanto reais quanto ficcionais morram.

Eu não fui ao trabalho no sábado, passei o dia dormindo e quando levantei foi pra assistir séries no Netflix, Yoongi estava passeando pra lá e pra cá pela casa, me perguntou umas quarenta vezes quando eu ia me trocar e recebeu um careta de desaprovação em troca todas as quarenta. Eu estava com os cabelos despenteados e de moletom, com meias quentes nos pés e luvas nas mãos, o tempo estava frio, o que era uma coisa boa.

No domingo, eu estava deitado em minha cama, olhando para o teto branco do meu quarto. O sol ainda não havia aparecido e provavelmente choveria, meus planos eram: fazer no domingo exatamente o que eu fiz no sábado, ou seja, nada. Até o momento em que uma pessoa que nunca veio na minha casa, invadiu meu quarto com uma lata de biscoitos na mão.

- Nossa, você está terrível.

- O que você quer, Jin?

- É assim que você trata um amigo que vem te visitar? Olha, eu deveria estar curtindo a minha depressão, mas vim aqui ver o que você tem.

Sentei e fiz uma caixa com os dedos.

- Está vendo essa caixa invisível? - Ele ergueu uma sobrancelha. - Eu estou dentro dela, isso significa que nenhuma praga sua pode pegar em mim.

- Legal, mas dessa vez eu não vim jogar praga em você. - Ele sentou na borda da minha cama. - E se a caixa é invisível, como é que eu vou ver?

- Você entendeu. - franzi o cenho. - E o que diabos você veio fazer aqui?

- Te visitar, eu já disse.

- Mas por quê?

- O Minhyuk me ligou, porque a Hyeri ligou para ele e disse que você não foi para o trabalho, e ela ficou preocupada porque o senhor certinho nunca falta.

- Eu estou bem, se era só isso, pode ir embora.

- Seu primo montou uma mesa de café da manhã na sala, ele é bem dedicado, viu?

- Meu primo?

- É, o cara alto que está arrumando a casa aí fora...

- Ah, o Yoongi. - Bufei. - Ele não é meu primo.

- Sério? - Deu de ombros. - Enfim, eu não vim aqui só visitar você.

- Hm... e então?

- Vim te pedir um negócio - enfiou os dedos na lata de biscoitos. - Bem, eu terminei com meu namorado.

Pisquei atônito.

- Nossa, sinto muito.

- Obrigado, mas já tinha chegado no limite mesmo. - Suspirou. - Mas o pior foi a causa deu ter terminado com ele.

- E o que foi?

Jin parecia um pouco desestabilizado, como se a mente dele estivesse em outro lugar, ou talvez ele só estivesse envergonhado. Olhar ele daquele jeito me lembrava alguém... eu mesmo. Jin estava estranho, porque ele estava com aura de gente apaixonada, uma aura que eu só aprendi a ver depois que me apaixonei também.

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