Acaso.

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Aos meus filhos migrados do Spirit, arrastem pra cima pra me dar visualização. ❤

Aos meu filhos novos... Votem e comentem bastante!
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- Hm... Eu me chamo Kim Taehyung - Respondi à orientadora, que me encarava com um olhar indiferente. - Eu deveria começar minhas aulas ontem, mas ainda estamos organizando nossa mudança, gostaria de saber onde fica minha sala.

Dê a ela, minha mente falou, ela vai devolver ao verdadeiro dono.

A pasta pesava em minha mochila, e apesar de eu estar me sentindo meio culpado por não entregá-la a orientadora e ir para minha classe, um lado de mim se recusava a não dar ela para ninguém que não fosse o verdadeiro dono. Mas como eu descobriria onde encontrá-lo? Passei a brincar com a borda do suéter de meu uniforme, graças ao nervosismo.

- Ah, sim - A mulher deu de ombros, ela abriu a gaveta da mesa onde estava sentada e procurou por algo, depois tirou livros, uma folha de papel e me entregou. - Aqui está.

Kim Taehyung

16 anos

1° ano do ensino médio.

Sala: 8 - C

Primeiro andar.

Armário N ° 35. [Senha: 15146]

Nossa... Muito esclarecedor.

Assenti de leve e sai do lugar enquanto a mulher voltava a digitar no computador, só consegui descobrir onde a secretaria ficava por que ela e a diretoria eram os únicos lugares daquela escola que havia nomes em inglês. Os livros de todas as disciplinas eram pesados, mas eu consegui carregá-los mesmo tendo minha visão atrapalhada por eles, o corredor ainda estava vazio e eu agora tentava achar o meu armário.

Ainda estava nervoso, minha mente ainda me apontava e perguntava um jeito de entregar aquela pasta e um jeito de encontrar o dono dela. O rosto avermelhado daquele moleque ignorante surpreendentemente não saia da minha cabeça.

Suspirei alto, obviamente não tão alto de modo que as pessoas dentro das salas de aula me ouvissem, mas o suficiente para que alguém atrás de mim, cutucasse meu ombro. Sobressaltei de susto e olhei para trás, um garoto alto e com um sorriso gentil, ele me estendeu um livro ainda sorrindo.

- Você deixou cair. - Ele disse em inglês, para minha surpresa.

Pisquei rapidamente, então dei falta do livro que sustentava os outros.

- Ok, Obrigado. - Tentei ser tão gentil quanto ele, mas acho que fracassei.

- Você é novo aqui? - Ele perguntou e estendeu a mão.

- Sou, mas eu não vou pegar na sua mão.

Ele me encarou parecendo ofendido.

- Desculpe... - pediu e eu soltei uma risada achando graça de sua desatenção.

- Não é isso, é que eu estou carregando um monte de livros - Olhei para o livro em sua mão. - Será que você pode colocar esse aqui em cima?

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