O alimento: Salgado, concentrado, industrializado.
O comando me manda mover uma das partes mais facilmente visíveis de mim, no entanto eu disfarço e sigo meu caminho.
Caminho escuro, com focos, espaçados focos de luz. O vento frio sacode as árvores e parece que volta a chover. Me assusto e corro entre as árvores, temendo mais uma tempestade sem proteção. Saio do suposto abrigo molhado e percebo que era só a água das árvores, não havia mais chuva. Me sinto boba e aliviada. Já corri tanto esses dias...Chego e sento à meia luz, amarela. Uma estrela quase ambiente na mão. Ela não deveria se sentir fria?
Volto a ler o que antes me confortava e descubro que agora incomoda. Exige movimento, não aceita mais a inércia interna. Faz cócegas em atitudes e sentimentos que não estou acostumada a mexer.Medo da adulteza. De não dar conta, de ser uma vergonha, de permanecer com vergonha. Me falta o ar (e o dinheiro, e a energia também).
Há pequenos grandes respiros durante a semana, ao longo do mês, a cada dia, que me fazem olhar pra vida com mais vida, com olhos mais doces (se é que não são sempre doces a ponto do enjôo). São como chocolatinhos pra quem tenta enfrentar os próprios dementadores quase todos os dias, nem sempre com as lembranças certas.
Música ajuda, e muito. Poder cantar e dançar e compor e ouvir e frustrar e inspirar. Exalar e repetir. Descansar.
É um exercício físico, mental, emocional, espiritual. Se conhecer é difícil. Assustador. Mas é muito bom. É um processo delicioso.
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(en)caja
Randomacá escribo porque me desborda, me deshace y si me saco ese peso de adentro, entonces puedo volar