Suelo hacer del miedo mi arte
Soy la dueña de todos mis males
Y escribo para perdonarme
La Inseguridad - Julia Medina
Como sempre, pensei muito antes de começar a escrever isso aqui, e não sei bem o que vai sair. Um exercício de espontaneidade, quizás. Pensei em escrever só em português, já que é minha língua original, mas quem eu sou hoje contém influências do espanhol e do inglês, así que hacé lo que se te cante, mamita.
Venho pensado em como eu sempre faço coisas bonitas para quem eu amo, e, bem... No me queda nada. Osea, sí, me quedo con el amor y cariño que me dan, pero...nunca hago cosas bonitas para mi misma.
Já toquei, cantei e dediquei músicas, fiz pulseiras de milhares de nós, mais cartas do que posso contar, textos e poesias de observaciones. Pero ahí es que está. "Soy observadora", ya decía una Jazmín. Pero esta noche, es mi turno de observarme, escrutinosamente, tanto do alto como de adentro. Desse lío e mistura maravilhosa que sou. E claro que não vou me limitar a só colocar 'etiquetas'(gracias fugadaderojo) em mim, já que nunca me gustó ser tan facilmente diminuída a um simples rótulo.
Não sei como começar. Creio que uma ode a mim mesma ainda me parece algo bem vão (y ouch, the word vain reminds me of...), então...como que eu sigo com isso? Sei que tenho minhas qualidades e defeitos, e se isso aqui pode me ajudar a me conhecer melhor, tenho que fazer uma forcinha. Why is it so hard for me to talk about myself? I exist. I am here. I am worthy of all of this love. I can be good, and I can be amazing. Why is it hard to face it?
Ninguém me mandou fazer esse..texto. Não é um exercício do psicólogo, nem um pedido de amigx. É por mim, eu que quis, e acho que por isso também é difícil.
Pouco a pouco vou remodelando e desfazendo algumas couraças, e o que eu encontro é uma mulher...Que chora. Bastante. Que sentiu e sente bastante- vou parar de falar na terceira pessoa. Essa mulher sou eu. Eu senti bastante. Eu choro, muito. E mesmo hoje em dia tenho dificuldade de me abrir e chorar pelo que passou há tanto tempo atrás. Tenho dificuldade de aceitar (pelo menos em grande parte já consigo acreditar) que me amam. E que fariam coisas por mim. Eu brigo comigo mesma para me aceitar, já que a voz do meu superego ainda é a daquela que me gerou.
Puedo...ser un Sol, me dijeron. An iridescent lighthouse. Una maravilla de persona.
Mas também manipuladora, egoísta, vazia, porca, suja, uma bruxa, falsa, inútil, vagabunda and the list goes on. Me dijeron.
Acho que a lista de cosas buenas ultrapassa a de cosas malas. Mas se eu não acredito nelas, conta, realmente?
Percebi que, em geral, uso muito a maneira que os outros me veem para me definir e descrever. Não que no esté bien, pero termino nunca verdaderamente mirándome. Agora mesmo estou evitando hacerlo. Faz a minha respiração acelerar, meu peito angustiar. Pausa. Respira devagar. Volta.
Eu...gosto de sushi. Ssssssou boa amiga. Tenho um corpazo. Bueno. Corpo. Bonito. Bom. É. ok.
Tenho...cílios legais. I mean. Ok. Eu sou..bem bonit...inha. Que inferno. Cadê os momentos de auto estima alta, em que eu realmente me estimo? Como quero estimar a alguien si ni al menos me estimo?
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(en)caja
Randomacá escribo porque me desborda, me deshace y si me saco ese peso de adentro, entonces puedo volar