momentos diferentes, recortados

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Es tan caro el pasaje

De tu piel a la estación

Y la espera se agota

Cuando más te extraño hoy

Queriendo morir, mi amor por vos
Apareció

¿Dónde fueron a parar las horas?
¿Dónde fueron a parar?

¿Dónde fueron a morir las horas?
¿Dónde fueron a parar?

Las Horas - Daniela Herrero

A sensação é de estômago vazio (literal, você não comeu, boluda) e trabalho cumprido. Pelo menos essa parte. But the lingering sensation of something missing is persistent, consistent.
De você, senhorita. De sentir teu abraço raro, teus comentários que eu, na minha previsibilidade e leitura do futuro, não li, não leio.

Empezé sintiéndote envidia. Me permiti sentir rabia, destilada en alta voz -los beneficios de estar sola en las horas esas las cuales otros duermen. Después, con la madurez que vez en cuando me da el aire de la gracia, te empezé a hacer 'hmmmmmm, tan mala persona no es', y cuando llegué a 2012 ya podía entender un poco de tu atracción.

Sabes que me dolió el 'Y yo ni me acuerdo de ti'?
Lo intenté justificar... minha falta de presença, de estar ali, de fazer-se sentir. Vira e mexe não me sentem (nem me sinto) no ambiente. É um cachorro que não nota quando eu chego a não ser pelo barulho da porta, é minha falta de presença (defesa) no campo. Posso estar em tudo e todos e dizerem que não existo ou isso é muito complexo de Deus?

brincadeira, choradeira, pra quem vive uma vida inteira

mentirinha, falsidade, pra quem vive só pela metade

Acredita que tocou All About Us hoje no aleatório? Meu Deus, 2011.
Vira e mexe releio o que escrevo, vejo se ainda faz sentido. É estranho que se identifiquem com algo tão pessoal. Será que somos feitos do mesmo core?
Será que um dia eu vou escrever algo tan rascantemente mío que seré (será?) de todos?

Sinto pela arte. Sinto muito pela arte.
Parece estranho tentar lembrar o que era que eu tava sentindo, queria poder capturar todos esses momentos no momento que surgem, mas talvez eu perdesse mais tempo escrevendo do que sentindo todas essas coisas.

Sabe que eu não canso de me colocar nos seus sapatos? Imaginar como deve ser pra você. Não se engane, o que tenho pra te dizer já te disse, e não estou mais romanticamente apaixonada (mas se você quiser ~eu quero ahre kkkk~ e não nego que daria um jeito, nossa, seria incrível).
E aí que tá né? Tô de boas porém não muito. Tô tranquila porém desmorono. Me recomponho umas 4 ou 5 vezes por dia e raramente é algo que se nota.

Sou fascinada por esse universo interno. Muitas vezes sou mais do silêncio contemplativo do que da verborragia. Preciso do meu espaço pra digestão de mim mesma(até mesmo porque seria insuportável se não o fizesse). Não posso ficar evitando olhar pra mim por estar pelos outros, mesmo que sejam os amores da minha vida. Há poucos que entendem isso. Acá escribo porque me desborda, she said.

Nem sempre me desborda. Às vezes se esconde, e como agora, vou escrevendo pra ver se puxo isso pra fora. Escrever, pra mim, é fácil. Depois de ler tanto, de estar com tantas autoras de si e de outros, de ler coisas que leria de novo e outras que não aguentaria fazê-lo, vocabulário não me falta. Coerência e coesão tem intensidades diferentes, afinal qual ser humano é fully coerente e coeso? E se escrevo acá sobre mim, como poderia minha escrita ser assim se eu não sou?

Às vezes, com o aumento da energia do campo, há uma fluidez maior das palavras, sim. Mas eu respiro arte, e é difícil querer sempre direcionar isso. No entanto, a compulsão por controle é maior às vezes, confesso. Modelo um poema com astúcia, intenção, propósito definido e aguardo. Ver se ele cresce e assenta como eu previ, ou se esfria como sopa. Às vezes sou mãe orgulhosa e perversa, às vezes pai ausente. Às vezes só sigo em frente (rimando feito boba).

Minha língua ama rolar palavras, deixá-las seguir sua nuvem contínua com o ritmo que elas ditam. Nesses momentos em que estou mais livre e em contato comigo, elas que chamam a minha voz e minha emoção, e não o contrário, e saem as composições mais bonitas e emocionantes. E por mais que me gustaría tenerlas aplastadas en algún lugar para cantarlas de nuevo, sé que algunas son un regalo para mí, otras volverán, novas se formarão.

Igual algumas são pra você, mas ainda estão enterradas, e a necessidade de te dar de presente ainda não é maior que o egoísmo de tenerlas aquí dentro. Quizás eu queira te chamar, no melhor estilo Ven Hasta Aquí, Dentro. Quizás seja mais uma proteção, couraça. Provavelmente proteção, couraça. Te amo, e não sei mais como te dedicar palavras sem sentir essa inutilidade que desencadeia alguns poemas, e que se eu sigo, sei onde converge. Por que é difícil assim eu encontrar meu caminho, e dar espaço pras pessoas que querem me amar (hello?)?

Há um espaço pra mim em qualquer área da vida que eu quiser, basta eu superar essa autossabotagem gigantesca e tão envolvente.

Ops. Caí de novo.

O que havia começado com o sentimento *vazio*, agora não faz mais(sentir-lo, eu acho). Não creio que seja permanente, but I've made peace with what I feel. Those things I've written are as true as I can look inside right now, and I intend to keep on going, hasta que me vacíe de mí, y algo nuevo se haga más una vez.

Planeja, respira, descansa, vive, cria, ama.

Ama, pq o que vem com isso é a cura,
Daquele medo insuportável de altura
De se estatelar no chão, explodir.
Ama, vem aqui que eu já sou sua, me ensina a fazer de duas, uma
Que eu não quero mais fugir.

Sente.

Respeita o sentimento. Não precisa agir de acordo com a sua dança, mas ao menos dê ouvido a sua voz. Porque assim se conhece seus eus, e se você quer algo pra fingir te dar segurança, taí algo mais palpável que o nosso 'nós'.

Você.

(en)cajaWhere stories live. Discover now