a existência deforma o universo.

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Os planetas pareciam ter perdido a órbita subitamente.

Encontrava-se confuso, ansioso e assustado. Como o próprio Morty ficava quando ele e Rick saíam em alguma aventura que não era explicada até que estivessem em meio ao caos das bagunças e brigas. Se sentia exatamente daquela maneira, mas ao invés de acontecimentos gritantes, Jeongguk se encontrava em silêncio.

Os planetas pareciam ter perdido a órbita no vasto silêncio do espaço.

No silêncio de sua mente.

Largou o videogame portátil de Namjoon na cama e suspirou alto, procurando alguma outra coisa que pudesse entretê-lo naquela tarde nublada. Seus olhos passeavam pelo teto, pelas paredes cobertas de pôsteres de artistas como Tyler, the Creator ou Frank Ocean e Joji até caírem sobre seus dois hyungs.

Namjoon estava ocupado com algo no computador enquanto Hoseok tocava violão bem ao seu lado, ajudando-o com os acordes que poderiam fazer parte de músicas futuras.

E, falando em músicas, o show ainda estava fresco na memória dos três rapazes. Já havia passado duas semanas, mas a sensação fazia parecer com que tivesse ocorrido no dia anterior. Era incrível! Principalmente porque muitas pessoas haviam gostado da apresentação e, por isso, as redes sociais da banda (finalmente) com nome estavam mais agitadas do que nunca. Era até estranho receber notificações que não fossem de Namjoon brigando nos comentários de algum vídeo no Youtube ou Hoseok o marcando em cachorrinhos atrapalhados no Instagram. Quer dizer, ainda haviam as notificações de Jimin...

Algumas mensagens, era tudo o que Park havia mandado.

Jeongguk não possuía coragem para abrir e ver sobre do que se tratava, então apenas fingia que aquelas notificações não existiam realmente. Era um covarde.

— Cara, umas pessoas da minha sala lá da faculdade querem saber quando é o nosso próximo show! — Hoseok comentou, verificando as mensagens no grupo da turma universitária. — É isso, a fama vem.

— Nossa, sério? Isso é demais! — Namjoon completou, animado. — Será que nós vamos conseguir vender os CDs que o Yoongi-hyung vai nos entregar? Seria massa, né?

Jung assentiu, como quem dizia que seria fácil vendê-los, até porque estava completamente animado com a ideia de várias pessoas os apoiarem naquilo. Era como nos seus sonhos e, se dependesse dele, tudo apenas melhoraria.

— Porra, aquele show foi demais! — Hoseok tocou os acordes do violão como se fossem de seu baixo. — Me senti uma estrela do rock.

Kim largou o computador, virando-se para o amigo antes de concordar:

— Sim! Até porque a casa do Yoongi é muito foda, me senti famoso demais bebendo lá. — os dois riram, mas Namjoon falava sério demais sobre aquilo. Foi incrível! Havia sido uma noite inesquecível. — Aquela casa é meu sonho de consumo.

Jeongguk apenas observava, não sabia ao certo o que falar ou se ao menos desejava falar, então preferia assistir seus melhores amigos conversando animados sobre o sonho dos três.

A conversa engatou sobre o apartamento, todos se recordavam de como era bonito e parecia tão maneiro. Yoongi por si só era muito maneiro.

— Espero que ele nos chame pra mais festas lá. Sério.

— E eu achava que Yoongi-hyung não era de festas... — o tatuado finalmente ingressou na conversa, puxando a atenção de seus melhores amigos para si.

Por um momento, os outros dois até mesmo se esqueceram que Jeongguk estava ali. E era algo normal de se acontecer, pois o rapaz ficava tempo demais quieto e, algumas vezes, até mesmo sem se mexer muito. Era uma calma surreal.

Quando nos Vênus, juro a Marte | ji+kookOnde histórias criam vida. Descubra agora