Andressa
Os dias se passaram, e eu não ouvi mais e nem escutei notícias to tal Lorenzo, confesso que fiquei meio chateada em saber que ele não me procurou, oque eu queria também, um cara que eu nem conheço direito, um cara que deve ser cheio de esquemas.
Dentro desses dias, passei mais tempo com os meus pais, sim passei sai mais vezes com eles, se antes eu brincava com o pequeno Samuel, hoje ele se tornou a pessoa que eu mais amo nessa casa, não que antes não havia sido, não é isso, acontece que antes eu não ó vía com os olhos que eu vejo antes.
Eu tinha 14 anos quando Samuel nasceu, pra mim foi algo incrível, ajudei minha mãe no que eu pude, fiz o que eu pude para ajudar na criação do Samuka, só que com o tempo eu me apeguei de mais a ele, saiamos de mais juntos, eu tinha um bicicleta e nela coloca aquelas cadeirinhas, e carregava ele, todos os dias de tardinha nos dois iamos andar de bicicleta, Samuel tinha 2 anos quando em um dia aconteceu algo que me fez me afastar um pouco dele.
Sai com ele, como sempre fazia toda a tarde depois de chegar da escola, nesse dia foi diferente, coloquei ele na frente na cadeirinha e sai com ele por ai, estava passando por Thamara a minha ex vizinha, e nisso conversa vai e conversa vem, quando vejo que já era tarde demais eu me inclino na bicicleta para ir para casa, quando acontece oque eu não esperava que iria acontecer.
Eu percebi que tinha algo travando a roda da bicicleta, e continuei a pedalar, foi quando ouvi um choro alto do Samuel e foi nesse momento que eu parei de pedalar e olhei para ele, foi ai que eu percebi que eu havia quase quebrado o seu pé, vi aquele pezinho cheio de sangue, eu fiquei desesperada e ele não parava de chorar.
Levei ele correndo para casa deixando a bicicleta no costado da rua, quando minha mãe viu que ele estava machucado me culpou por ser uma inconsequente e não cuidar o guri.
Eu não havia feito por querer, e sim por um descuido, talvez se eu tivesse cuidado mais, talvez ele não teria se machucado.
Quando meu pai viu que eu havia realmente machucado Samuel ele veio pra cima de mim, só senti um reio trançado cortar a minha perna com um vergão sem contar os tapas na cara que levei por um certo descuido meu, até falta de ar me deu, com um laçasso que levei perto do pescoço.
Esse foi o motivo do afastamento da minha família comigo, por esse motivo pararam de me tratar como me tratavam antes, de filha querida, passei a me tornar uma filha perturbadora.
Hoje só tenho a agradecer aos céus por ele não ter quebrado o seu pezinho, sinto ainda a dor que eu senti de chegar a pensar em perder Samuel, por algum livramento ele apenas cortou o pé no raio, mas nada fundo apenas raso, nada que com algumas semanas ele já não estivesse bem.
Era uma dor pra mim, chegar na sala pra almoçar e ele está no chão sentado por muitas vezes querer caminhar e não conseguir, deixando apenas choro.
Os olhares de negação dos meus pais foram me afetando e com o tempo me afastei deles, eu me sintia uma inútil, evitava cuidar ou chegar perto do pequeno para não ó machucar, e ele por muitas vezes me dava os braços para mim pegar ele, doia evitar ele, mas foi pelo bem dele, para não machucá-lo mais.
Hoje eu consigo aceitar que aquilo não foi minha culpa, sim talvez eu tinha que ter olhado o pé dele pra ver se não estava na roda, mas eu sei que se fosse por minha vontade ele nunca teria se machucado, mas eu não pude evitar, não foi culpa minha, eu o amo e nunca queria ou quero ver chorando.
Hoje estou recuperando o tempo que eu perdi, estou cuidando dele novamente, Samuel e um menino maravilhoso, tem muitas qualidades apesar da sua pouca idade.
E hoje para distrai vim trazer ele na praça, no parquinho, tomar um terere e passar um tempo com o meu menino.
Era algo estranho pra mim, se eu parar pra pensar, depois daquele dia que conversei com Alex, pude perceber mesmo que meus pais não me rejeitavam e que aquilo era apenas coisa da minha cabeça, fiquei muito mais proxima da minha mãe como antes eu era, e cara isso e muito bom.
Sentir oque eu sinto, ter o amor da família que hoje eu tenho.
- Mana, mana, mana, Mana Dessa - Diz o pequeno
-Oque meu amor? - Me abaixo um pouco para ficar do tamanho do bem grande.
- Quero sorvete - fala todo manhoso - Daquele sabor lá, daquele ninino.
- Não aponta com o dedo, isso é feio Samuel.
- Deixa criança e criança - Pulo num salto quando escuto a voz da pessoa atrás de mim.
O cheiroso
- A mana já pega amor - Me ageito do susto, e pego Samuel nos braços.
- Você por aqui? - Não Andressa o clone dele.
De sério quando to perto desse homem não sei aonde fica a minha dignidade, porque eu fico tão demente.
- Sempre venho pra cá - ageita o cabelo com as mãos - Trago meu sobrinho brincar aqui - Mas como se ele nem mora aqui! Ou mora?
- Ta mas você mora por aqui? - como se me interessa-se.
- Não, não minha irmã mora por aqui, ai hoje estou de folga ai vim ver o meu pequeno Gabriel - se abaixa e pega o menino nos braços.
- Você e namolado da minha imã?.
Se antes eu já estava toda sem geito de ver ele novamente imagina agora com oque o pequeno Samuel falou.
- Não Samuel não somos, não somos nada - ele me olha sério. - Bom já estamos indo.
Samuel protesta e fica se atirando no meu colo
- Quero sorvete - Grita - Já passamos lá e a mana pega.
Quando vou me virar as costas para ir em direção a sorveteria, sinto uma mão na minha cintura.
- Espere, fiquei mais um pouco, ou eu posso ir com vocês na sorveteria?
Sim meu Deus grego pode, você pode ir aonde quiser comigo.
Foco Andressa.
- Não tem necessidade, temos coisas a fazer, ne Samuel? - ele nega com a cabeça.
Que vontade de dar uns tapa gurizinho.
- Ta mintindo mana, isso e feio - ponto acabo com o pouco de dignidade que eu ainda tinha.
Se é que eu tenho.
- Então até em breve, vou deixar você fazer as suas coisas - da uma piscada e sai.
Que nojo
Seu seu aaah seu gostoso abusado.
- Quero de chocolate - Você já vai ganha amor, já vai ganhar.
Atravesso a rua e entro na sorveteria, desejando que eu não Veja mais esse homem por aí não, pois com a vergonha que eu me encontro.
Isso ta virando Acaso.
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Meu acaso
RomanceAndressa vê seu mundo virar de ponta cabeças depois de duas decepções amorosas, contudo se sente sozinha e com a vida destruída. Já Lorenzo passou pelas mesmas coisas, porém em situações diferentes, mas nem por isso perdeu a esperança de acredi...