Serena Snape, filha do professor de poções de Hogwarts, Severo Snape, e da deusa da sabedoria e da guerra, Atena . Foi juntamente com suas duas melhores amigas, filhas de Hades e Apolo, para Hogwarts, descobrir mais sobre suas origens bruxas. Tudo i...
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Eu estava em um templo grego, mas nada naquele lugar me trazia uma sensação muito familiar. Não vi nenhuma imagem vinculada ao templo, não havia estatuas ou oferendas para nenhum deus. Nenhuma sacerdotisa protegia o templo, uma prova disso era o estado deplorável que o templo se encontrava. Estava quase em ruinas, o piso de mármore puro estava rachado, como se um terremoto tivesse castigado o lugar.
Não havia vilarejos ao redor, nenhuma casa, nenhuma civilização. Nem mesmo a natureza parecia demonstrar o mínimo de pena por aquele lugar. Apenas ervas daninhas floresciam ali, nenhuma flor ou plantas agraciava o solo do local. Aquele templo parecia ter sido abandonado por todos, e deixado para ser esquecido pelo tempo.
Mas todo templo tem um proposito ou até mesmo uma divindade vinculada, mas esse templo parecia tão vazio. De quem era aquele templo e por quê foi abandonado?
Tentei me mover para explorar melhor o templo, mas meu corpo não me obedeceu. Só então percebi que aquilo não era real, ou pelo menos não totalmente. Eu estava sonhando, um sonho que parecia real demais.
"Os deuses que sentam em seus tronos e se proclamam soberanos incontestáveis, são mentirosos que usurparam os verdadeiros soberanos. Destruíram seus templos, apagaram suas histórias e os poucos que restaram, transformaram em subordinados. Mas Ele está de volta! Ele voltou e vai tomar tudo que era seu por direito. Tome cuidado cria de usurpadora, meu Senhor, voltará". Uma voz sinistra e fantasmagórica ecoou em minha mente, fazendo todo o meu corpo entrar em alerta.
Tentei me mover novamente, lutar com o que quer que seja aquela criatura que invadia a minha mente e meus sonhos, mas eu não tinha controle algum sobre meu sonho. Aquilo estava errado. Era minha mente, eu deveria ser capaz de controlar minha própria mente.
Eu precisava acordar, precisava sair daquele sonho prisão. Mas minhas pernas estavam congeladas, como se meu corpo fosse mais uma das estatuas da Medusa. Não consegui mover meu rosto, apenas meus olhos me obedeciam. Procurei algo que pudesse me ajudar, mas aquele lugar era praticamente um cemitério esquecido. E algo me dizia, que a criatura em minha mente, sabia muito bem a quem pertenceu aquele templo.
Não podia perder mais tempo ali, quanto mais tempo se passava, mais eu perdia o controle sobre minha própria mente. Nada que eu fizesse poderia me acordar daquele sonho, mas tinha uma coisa que eu poderia fazer. Uma única coisa que prometi a mim mesma que nunca faria, pois para mim era vergonhoso. Era como pedir ajuda a um parente distante, alguém que você não tem a certeza se irá te ajudar ou ri da sua cara. Mas eu não tinha muitas opções, então fechei os olhos e fiz.
Rezei para Morfeu, mais conhecido por ser o deus dos sonhos noturnos. Não era o deus mais popular do Olimpo, mas ainda assim era uma divindade com poder. E por se tratar do meu sonho, esperava que o deus pudesse me ajudar nessa situação.
Eu nunca tinha rezado antes para nenhum deus, nem mesmo para minha mãe. E esperava nunca mais precisar fazer isso novamente. Não sabia se estava fazendo certo, mas concentrei toda a minha fé e vontade em invocar o deus dos sonhos.
