𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟔

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Eu não podia acreditar no tamanho do meu azar

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Eu não podia acreditar no tamanho do meu azar. De todas as pessoas do mundo, eu tinha que ter sido salva pela única pessoa a qual eu queria distância. De repente ficar presa dentro do meu próprio sonho não me pareceu uma ideia tão ruim. Pelo menos lá dentro eu não teria que enfrentar Leo Black e seu olhar intenso que parece estar sempre me analisando como um desafio divertido.

Pelos deuses, como ele conseguia sempre parecer tão irritante e perigoso? Tudo nele era confuso demais, por fora parecia apenas mais um projeto de bad boy moreno que protagoniza algum romance sobrenatural aleatório. Mas eu sabia que tinha algo a mais, algo que eu não queria descobrir. Eu definitivamente não queria me envolver com ele.

— O que quis dizer com Morfeu? — Pelos deuses! Era a mesma voz do meu salvador. A mesma voz que me trouxe uma sensação de conforto e proteção.

Eu só podia ter batido com muita força a cabeça. Como esse cara poderia me trazer algum tipo de conforto?

— Quê?

O Black deixou escapar um sorrisinho presunçoso, como se estivesse rindo internamente de mim. Senti meu sangue ferver e minhas bochechas assumirem uma tonalidade acima da minha normal.

— Parecia que estava tendo um sonho interessante com um tal de Morfeu. Seu namoradinho?

Meus olhos saltaram e esqueci de como respirava e falava ao mesmo tempo, resultando em um engasgo com minha própria saliva. Uma gargalhada rouca acompanhou a minha tosse desengonçada, me fazendo ficar mais vermelha ainda. Não de vergonha, jamais de vergonha. Eu estava vermelha de ódio. Sim, ódio.

— Por Zeus, seu tarado maluco! Morfeu não é meu namorado — respondi tão rápido que não filtrei minhas palavras e deixei escapar o nome do deus dos trovões. Um erro que eu nunca tinha cometido na frente de outros, mas algo no Black fazia todo o meu autocontrole ir por água baixo.

— Agora estamos falando de Zeus? Quantos homens existem em sua vida, princesa? — Debochou, com o olhar afiado em mim.

Aquilo já estava indo longe demais, não iria dar corda para as provocações de um garoto idiota que nem me conhece. Tudo que eu devia a ele era um "Obrigada por ter salvado a minha vida", nada mais. E encerraríamos nossa mínima interação para sempre. Mas depois de escutar suas provocações idiotas, tudo que eu menos queria dizer era um "Obrigada" a ele.

— O único homem que é relevante para mim é o meu pai. E eu não lhe devo satisfações sobre minha vida, nem ao menos o conheço!

Me sentei na maca, procurando uma posição mais confortável. Só então percebi que estávamos sozinhos na enfermaria. Não havia mais nenhum aluno deitado em camas, esperando por remédios. Nem mesmo a Madame Pomfrey se encontrava na sala. Estava vazia, com exceção do Black e eu.

Talvez eu ainda esteja sonhado, ou melhor, em um pesadelo.

— Tem razão, você não me conhece. Mas sei um pouco sobre você, é uma figura um tanto quanto popular, princesa.

𝐒𝐋𝐘𝐓𝐇𝐄𝐑𝐈𝐍 𝐏𝐑𝐈𝐍𝐂𝐄𝐒𝐒 ➵ 𝙷𝙿✗𝙿𝙹𝙾Onde histórias criam vida. Descubra agora