Serena Snape, filha do professor de poções de Hogwarts, Severo Snape, e da deusa da sabedoria e da guerra, Atena . Foi juntamente com suas duas melhores amigas, filhas de Hades e Apolo, para Hogwarts, descobrir mais sobre suas origens bruxas. Tudo i...
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Quando abri meus olhos não vi o teto escuro e frio do meu dormitório. O que eu via era um amplo e azul céu, com poucas nuvens que pareciam desenhos de animais em formato de algodão. E ao meu redor não estava os móveis e camas que deveriam preencher o dormitório. Nem sequer havia paredes. Eu estava em um campo aberto, cheio de flores em um tom de violeta. Mas olhando melhor percebi que não eram flores, reconheci logo que se tratava de lavandas. Um grande e majestoso campo de lavandas.
Me agachei e toquei levemente um ramo de lavanda, senti a textura perfeitamente e o cheiro inconfundível da planta era como um cheiro terapêutico que inundava o campo. Algumas borboletas de diferentes cores sobrevoavam o campo, algumas mais exibidas voavam ao meu redor, brincando com meus cabelos e pousando em meus braços.
O silêncio daquele lugar era tranquilizador, apenas o som do vento balançando as lavandas e alguns assobios de pássaros distantes era ouvido. Parecia um sonho de tão confortável e seguro que aquele lugar parecia ser, algo como um abrigo especial. Aquilo tudo era tão... irreal.
"Onde estou?"
Acabei me deixando levar pela tranquilidade do lugar que acabei esquecendo o óbvio, eu deveria estar no meu dormitório em Hogwarts. E esse lugar não parece em nada pertencer aos domínios da escola.
"Por Zeus, onde estou?!". Gritei, violando a tranquilidade daquele pequeno e inocente paraíso.
As borboletas que pairavam sobre mim se agitaram e voaram com rapidez para trás de mim, como se tivessem sido atraídas por algo. Me virei rapidamente e me choquei com o que vi. Era um garoto, ele estava sentado em um banquinho branco, parecia antigo e já devo ter visto em algum romance de época sendo descrito como "namoradeira", um banco onde os casais ficavam trocando palavras doces e.... espero que só isso mesmo.
O garoto sorriu para mim, com aquele sorriso felino desafiador que fazia minhas veias ferverem, e deu batidinhas no canto vazio ao seu lado. Olhei com desconfiança para ele e para o banco, relutando em me juntar a ele naquele banco.
Impaciente com a minha demora, levantou-se do banco e foi em minha direção, sendo seguido por suas admiradoras borboletas.
"Você realmente gosta de deixar as coisas complicadas, princesa"
Agora de frente para mim, próximo demais, mais do que eu gostaria que estivesse. Consegui ver a cor de seus olhos, estavam diferentes do habitual âmbar. Agora seus olhos pareciam ouro puro e brilhavam com um brilho não-humano. Notei também algumas marcas que também brilhavam em dourado descendo pelo seu pescoço. Ele usava um longo sobretudo preto e botas da mesma cor, cobrindo cada detalhe de seu corpo, com exceção do pescoço e rosto.
"O que fez comigo? Onde estamos?"
"Sempre na defensiva, achei que já tínhamos evoluído com isso. Salvei sua vida, mais de uma vez, querida"
