Capítulo 8

458 27 38
                                    

-Bom dia.

-Bom dia baronesinha. - Ernesto estava bastante agitado - Eu lamento muito, mas surgiu uma emergência com o projeto do hospital, eu tenho de ir para a prefeitura.

-Oh, acontece. Arranjaremos outra oportunidade.

-Lamento muito Ema, mas é muito importante isto.

Naquele momento são interrompidos pela chegada de Jorge.

-Bom dia Jorge, que bom vê-lo. Que bons ventos o trazem aqui?

-Vim resolver alguns assuntos relacionados com a fazenda, alguns contratos.

-Já me tinha esquecido. E agora tenho de ir com urgência para a prefeitura.

-Eu trato de tudo com administrador, não se preocupe Ernesto.

-Eu fico aqui Ernesto, pode ir descansado. E depois até podemos almoçar na casa de chá, Jorge pode-nos acompanhar. - Sugere Ema.

-Infelizmente eu não vou poder ir, vou estar cheio de trabalho. -Ernesto não consegue acreditar naquela falta de sorte, era uma grande ironia do destino, aquilo acontecer exatamente naquele dia e o doutor aparecer logo. -Tenho de ir já estou atrasado. Até logo baronesinha. - Diz ao aproximar-se da esposa e beijá-la na bochecha.

Aquela manhã estava péssima, o projeto iria se atrasar mais algumas semanas por alguns erros dos engenheiros, e ele só conseguia pensar em Ema e no doutorzinho. Ele já tinha admitido para ele próprio que estava a morrer de ciúmes e não sabia como lidar com aquela situação. Se aquele doutor achava que lhe ia roubar a baronesinha estava muito enganado, ele lutaria com todas as armas que tinha.

-Ernesto, Ernesto, Ernesto.

-Sim.

-Meu amigo você estava com a cabeça nas nuvens? - Pergunta Rómulo.

-Desculpem, o que estavam a dizer?

-Acho que está na hora de irmos comer alguma coisa. Passamos a manhã toda nisto, e não resolvemos muito.

-Mas temos tanto a fazer.

-Eu como médico digo que precisamos dar uma pausa, não estamos a chegar a nenhum resultado de estômago vazio.

-Até que é uma boa ideia, então eu vou almoçar na casa de chá.

-Posso ir com você, assim você tem companhia. - Pede Helena.

-Claro que pode. Não vou estar sozinho, a minha esposa está lá, mas você é bem vinda.

-Eu vou a casa almoçar com a Cecília. Bom almoço para vocês.


Casa de chá

-Estou muito feliz por termos retomado a nossa amizade.

-Eu também estou. Eu sei que posso contar sempre com você.

-Claro que sim, para o que você precisar.

-Ernesto? - Diz Ema surpresa, mas com um sorriso de tirar um fôlego.

-Baronesinha viemos almoçar convosco.

-Pensei que você não podia vir. - Diz Jorge.

-Mudança de planos. Deixa-me apresentar-te a Helena, a médica que te falei.

-Helena, esta é a minha baronesinha, a minha Ema.

-Prazer - Dizem as duas.

Para quem olhasse de fora, podia reparar que o ambiente daquele almoço tinha sido tudo mesmo pacífico. Ema lançava constantes olhares para Helena e Ernesto fazia o mesmo com Jorge.

Até ao fim das nossas vidasOnde histórias criam vida. Descubra agora