33. A caça e o caçador

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Pode ter gatilho para violência doméstica nesse capítulo. 

Olá, amores! Prestem atenção na mídia. É uma música que a letra simplesmente me arrepia e é cantada pela maravilhosa da Elza Soares que é um icone da nossa música. E uma mulher negra pra continuar nossas mídias no mesmo estilo.

OBS: esse capítulo está um pouco denso e pesado, se preparem. Caso quiseram falar comigo depois disso, estarei sempre aqui ❤

Lucy nunca sentiu tão medo na sua vida e olha que já tinha passado por maus bocados

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Lucy nunca sentiu tão medo na sua vida e olha que já tinha passado por maus bocados. Quando a mulher correu da cozinha da sua casa para o seu quarto, ela se sentiu como uma presa correndo desesperadamente do seu caçador.

Talvez o homem que há anos chamou de marido, era sua justamente isso. Seu caçador. Ele tinha os olhos de um e soube deixar Lucy acuada como um. Ela sentia sua bochecha queimar por conta dos tapas que tinha levado e o gosto metálico do seu sangue a fazia enjoar. A situação a fazia enjoar, Joe a fazia enjoar. Lucy tentou fechar a porta de carvalho, mas foi arremessada violentamente pelo homem que forçou sua entrada no cômodo em que sua caça estava, chamar de esposa seria cruel demais.

-Para! Por favor, para! - a voz de Lucy sai embolada nas lágrimas.

Sua garganta estava fechada e ela sentia um peso no peito.

-Eu vou matar você, sua vagabunda! - ele vociferou.

Lucy se mantinha encolhida perto da cama de casal. Ela olhou para o criado-mudo, a procura do celular ou qualquer outra coisa que a ajudasse.

-Eu vou matar você, entendeu? - Joe agarrou seus dois braços com força, a fazendo gemer de dor.

Ele tinha os olhos parados, mas algo sombrio e denso estava ali. Lucy sentia o cheiro da bebida forte vindo da sua boca e fechou os olhos, ainda chorando. O medo presente em seu corpo magro era quase palpável. Joe a jogou sem dosar a força na cama deles e a prendeu entre as suas pernas.

-Por que você me traiu? - ele disse em um tom que quase parecia ter magoa.

Caçadores não tinham magoa.

-Eu não te trai, Joe - Lucy chorava compulsivamente.

-Para de mentir pra mim, vagabunda. PARA DE MENTIR - ele gritou a última frase e ainda segurava os braços de Lucy com força.

Ele a soltou, Lucy ainda estava encolhida com os olhos bem fechados e o rosto inclinado para o lado. Ela não conseguiu relaxar, estava com todo seu corpo em alerta. Lucy pensou no seu filho, pensou em Brian e apenas rezava para ela poder vê-lo novamente.

Joe andou de um lado pro outro, dizia coisas que fazia Lucy ser a culpada daquilo tudo. Ela se sentia pequena, se sentia suja e principalmente sentia medo, sentia muito medo. Lucy não soube dizer quando ele parou de caminhar de um lado pro outro, apenas sentiu o forte soco que ele deferiu contra seu rosto. Ela estava zonza.

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