Alegre, sorridente, otimista, meiga, carismática, uma benção de Deus, como diz seu pai, Austin Bennet. Esse é o breve resumo de Valentina Wadson Bennet.
Mas, uma traição vinda de uma pessoa que confiava segamente, abala fortemente o coração da g...
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Assim que chego na sorveteria me sento e peço um Milk-shake pequeno de chocomenta. Observo a rua movimentada do lado de fora, sinto alguém sentar na minha frente, me viro e vejo Philipe. Sorrio amigável.
— Tudo bem? — perguntou analisando-me com cuidado. Anuo e tomo um pouco do Milk-shake que desce gelando minha garganta.
— Eu estou bem, não se preocupe comigo — estico minha mão sobre a mesa e aperto a sua.
— Soube que vai viajar então lhe trouxe um presente — ele retira do seu bolso uma pulseira de ouro, vira o meu pulso e a coloca. Observo as pedrinhas delicadas que a enfeitavam. — Angelical como você — seus olhos verdes tinham um brilho tão.... estranho.
— Obrigada, Philipe — coloco uma mecha do meu cabelo atrás da orelha envergonhada por ele me encarar tanto. — Mas não precisava. Viajarei a trabalho, não tenho previsão para volta — me repreendo mentalmente pelo meu tom frio de voz.
— Entendo, sentirei sua falta — sorrio de lado. Vejo Thomás passar pela porta de entrada e encarar Philipe, ele revira os olhos e vem até nossa mesa. Thomás usava uma camiseta branca gola polo e uma calça jeans clara, não deu pra ver, mas provavelmente estaria de tênis. Me levanto com meu Milk-shake que já havia pagado, Philipe se levanta rápido e me abraça, retribuo seu abraço e lhe dou um pequeno beijo na bochecha.
— Até mais — lhe dou as costas e vou até Thomás que segura em minha cintura dirigindo-me até a saída. — Ciúmes meu anjo?
— Engraçadinha — abriu a porta do carro para eu entrar. Não parece, mas Thomás sabe muito bem como tratar uma mulher. Ele é muito gentil, atencioso, carinhoso e cavalheiro, mesmo não gostando da fruta. Ele da a volta e entra. Ele sim, se daria ao luxo de falar que era um homem de verdade.
— Aonde vamos?
— Numa lojinha que abriu, cada roupa maravilhosa, você vai amar! — sorrio. — E depois vamos no spa do Harry — o caminho até a loja foi ao som de Shawn Mendes, digamos que eu ame as músicas dele. Assim que chegamos lá, Thomás já deu a louca e me fez experimentar milhares de roupas. Uma mais sensual que a outra, comprei as que ele mais gostou e dois vestidos simples do jeito que eu gosto.
Depois fomos direto para o spa. Fiz limpeza de pele, hidratação, unha e cabelo. Já Thomás fez apenas a limpeza de pele. Depois de lancharmos fomos direto pra minha casa, peço Daniel para me ajudar com as sacolas até o quarto. Thomás vai para o quarto de hóspedes que já considero-o dele.
— Está maravilhosa! — sorrio.
— Que isso Daniel, não é para tanto — ele coloca as sacolas em cima da minha cama.
— Sentirei sua falta..... — vou até ele e lhe dou um abraço apertado.
— Não se preocupe, voltarei logo — faço um coque bagunçado no meu cabelo.
— Vou deixar você se arrumar — me deu um beijo na testa e saiu. Observo ele fechar a porta, respiro fundo e me viro para a cama. Pego meu celular e ligo a tela vendo mais de cinquenta ligações perdidas daquele traste, nossa foto na tela de inicio me da um aperto no peito.
Era quando tínhamos ido ao parque e ele disse que eu era a mulher dos sonhos dele. Que iríamos nos casar na igreja e formaríamos uma família. Desgraçado! Desbloqueo o celular e apago todo as nossas fotos, apago seu número dos meus contatos e coloco meu celular em cima da escrivaninha.
