Meu anel

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Ele ergueu minha mão e colocou-a sob seu peito e a fechou envolta a pedra de seu colar, senti um formigamento em minha mão um pouco além do que sempre sentia quando ele se aproximava de mim, uma descarga de energia passou da pedra para minha mão, meu braço e enfim para o restante do meu corpo voltando depois para a pedra. Quando senti a energia passando Zaym arfou e agarrou minha mão com força me puxando para mais perto dele, sua respiração ficou pesada por alguns segundos os quais eu sabia que era por causa do fluxo de energia que corria em suas veias assim como acontecera comigo.

Depois de alguns segundos senti minha mão queimar e por instinto soltei seu colar e me soltei de sua mão.

De repente me senti cansada demais para ficar acordada, me rendi a minha cama dormi pesadamente.

Acordei em alguns minutos ainda sonolenta com o toque do pai de Zaym em meu ombro.

- você poderia me deixar ver o anel novamente?

-claro – estiquei a mão sem protestar.

Zaym estava deitado na poltrona de acompanhantes com as mãos apoiadas no rosto e arfando pesadamente.

- definitivamente é ela filho.

- fico feliz em ajudar – a voz de Zaym saia fraca quase em um sussurro.

-descansem vocês gastaram chacra para ativar as pedras.

- senhor Átilah o que acabou de acontecer?

-amanha conversaremos pequena –ele fez um carinho em minha cabeça-  amanha conversaremos.

Olhei para Zaym que agora tirava as mãos do rosto.

- você esta bem?- perguntei

-sim e você? – ele devolveu minha pergunta.

-não sei – foi tudo o que consegui pensar em responder.

Dormimos os dois ao mesmo tempo em que o pai de Zaym saia do quarto de cortinas calmamente em direção ao corredor, que agora estava pouco iluminado para que os pacientes conseguissem dormir.

 Acordei de madrugada assustada , sem saber onde estava abri os olhos procurando alguma referencia, sentei na cama para observar o que havia a minha volta, suspirei em alivio ao observar um homem dormindo  na poltrona marrom ao lado de minha cama. Zaym conseguia ser lindo mesmo dormindo.

Porem ele tremia debaixo do fino cobertor de hospital que cobria seu corpo, sem exitar saltei da minha cama levando comigo o meu próprio cobertor, parei a sua frente admirando sua expressão de paz enquanto dormia. Tomando cuidado para não fazer barulho nenhum coloquei meu cobertor por cima do que já usava, vesti uma blusa que Kitty deixara para mim e voltei a minha cama.

-obrigado mas agora quem vai congelar é você – tudo o que pude ver no escuro foram seus olhos verdes me olhando.

-não estou com frio, você estava tremendo pode ficar com ele.

-não é certo um cavalheiro deixar uma dama descoberta enquanto está aquecido.

- bom eu nem de longe sou uma dama então está livre dessas conveniências sociais.

- quem foi que disse que você não é uma dama?

Ele levantou calmamente trazendo consigo os dois cobertores. Achei melhor não dizer a ele que eu não me considerava uma dama, não queria dar motivos para um discurso de mais uma hora como o que minha mãe me deu quando disse a mesma frase a ela.

Ele parou a minha frente na cama de hospital com os dois cobertores nos braços e um sorriso de canto de boca que poderia parar o transito de qualquer lugar.

LUX MEA o renascimentoWhere stories live. Discover now