Saímos juntos da biblioteca e encontramos os outros reunidos para almoçar na cozinha, eu não estava com fome pois Zaym havia me forçado a comer mais do que o costume no café da manha. Então dei uma desculpa qualquer e disse que iria ver como Kitty estava
Durante todo o dia contando os minutos para poder estar com Zaym e me esqueci de totalmente da visita marcada para o jantar desta noite , a mentora de Karl, eu nem pretendia descer para o jantar queria ficar com Kitty eu fiquei a tarde toda com ela e queria ficar mais, tinha esperanças de que minha amiga estivesse me ouvindo e queria que ela me entendesse.
Perto das oito horas ouvi uma batida na porta e me apressei a tirar meus fones de ouvido, eu resolvi fazer com Kitty o que mais gostávamos de fazer juntas, ouvir musica, mas para não atrapalhar ninguém liguei o fone do meu celular e coloquei um deles nela e o outro em mim, dentro do meu coração sentia que ela iria gostar de fazer isso enquanto ouvíamos eu comentava sobre a musica quais as lembranças que ela me trazia, a maioria de minhas lembranças era com Kitty e isso me fez chorar algumas vezes.
Karl entrou no quarto receoso, da ultima vez que estivemos juntos aqui ele me acusou de ter feito isso a ela, pela expressão em seu rosto ele se lembrou da mesma coisa que eu, eu estava sentada na cama ao lado de Kitty e acariciava seus cabelos como se ela tivesse acabado de dormir, ele se sentou a minha frente na cama de casal e pôs uma das mãos na minha perna que estava dobrada sob a cama.
Depois de alguns segundos de silencio ele resolveu falar.
- me desculpe.
- por o que – eu já sabia a resposta.
- fui injusto com você, vocês ainda não dominaram essa coisa de dons, e o que aconteceu com ela foi um acidente – ele olhava diretamente para Kitty.
Sorri em ver que meu amigo estava de volta.
- fico feliz em te ter ao meu lado Karl – ele sorriu de volta e me deu um abraço apertado aquela chaminha voltou a querer acender e eu não me importei em apaga-la.
Ficamos abraçados por longos segundos, sempre fomos carinhosos um com o outro, mas nas ultimas semanas estávamos afastados demais, sentir o cheiro de Karl me fez lembrar de casa, seu cheiro era uma espécie de ancora que me segurava a minha origem as minhas raízes e senti-lo me fez limpar minha mente.
- obrigada por estar aqui Karl – disse ao me soltar de seu abraço.
- sempre estarei aqui para você Ayla – ele apertou minha mão carinhosamente – mas agora temos que ir.
- onde?
- minha mentora veio conversar com vocês lembra – ele levantou e estendeu a mão para mim – vamos jantar.
Segurei sua mão e me levantei enquanto ele enroscava seu braço no meu como de costume não estava com fome mas tinha que ir.
Entramos na sala de jantar lotada e a primeira coisa que vi foi o olhar fumegante de Zaym ao ver que eu e Karl estávamos com os braços entrelaçados os demais estavam conversando distraídos e não me viram, me soltei com pressa de Karl e ele percebeu minha reação, olhou para Zaym virou para mim e me segurou pela cintura para me fazer cócegas.
Essa era uma brincadeira comum entre nós, mas que irritou Zaym profundamente ainda mais pelo fato de eu não ter me contido e soltado uma risada alta que fez as outras pessoas na sala de jantar me olharem, vi Zaym cerrar os punhos e fazer menção de se levantar, provavelmente para atacar novamente Karl o que seria fácil dada a sua atual situação. Vi então Átilah que estava sentado a cabeceira da mesa segurar a mão esquerda do filho que estava sob a mesa cerrada fortemente.
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LUX MEA o renascimento
Historical FictionO amor não morre, assim como a fênix ele renasce e se transforma, seus poderes vão alem do imaginável, são palpáveis reais e imensos O destino reservou a Ayla uma doce viagem às profundezas do amor, puro intenso e poderoso, tal amor pode consu...