Energia viva.

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Ele balançou a cabeça negativamente,  abaixei minha cabeça cobrindo os olhos com as mãos para que eles não me vissem chorando eu sabia que tudo aquilo era culpa minha, quando Zaym me devolveu o anel deveria ter parado de usa-lo guardado em um local seguro que mantivesse a mim e meus amigos em segurança, ao invés disso resolvi usar  sem a consciência de que poderia machucar alguém, aquela loucura toda agora caia em cima de mim como uma avalanche e eu não conseguia encontrar abrigo.

Minha mente ainda vagava quando senti uma energia gostosa e confortável chegar em mim, me senti aquecida e abraçada como se um abrigo contra a avalanche estivesse sendo construído a minha volta, fiquei ali quieta parada por alguns segundos sem entender me sentindo uma criança em um colo confortável.

Me encorajei a abrir os olhos a tempo de ver Zaym cambaleando ao meu lado ele estava com uma mão apoiada em minha perna com os olhos fechados quando vacilou seu pai se adiantou a apoia-lo e senta-lo novamente na cama. Eu não entendi o que estava acontecendo com ele, estava pálido e aparentava muito fraco, manteve os olhos fechados por alguns segundos enquanto seu pai apoiava seu braço para que ele não caísse em cima de mim.

- eu te avisei para não fazer isso – Atilah estava bravo – não é seguro ainda.

Zaym respondeu depois de longos segundos.

- ela precisava.

Eu, como assim eu precisava saltei da cama dando espaço para que Atilah deitasse-o

- que foi que você fez Zaym – perguntei enquanto acomodava sua cabeça no travesseiro.

- nada. – sua voz era fraca quase um sussurro.

- nada – seu pai agora gritava – eu disse que não era pra usar isso até saber controlar e você quase se acaba, e ainda fala nada – olhou pra mim – ele transferiu energia dele pra você por que viu que você estava se desesperando, mais alguns segundos e ele poderia ficar. – novamente as palavras ficaram incógnitas no ar.

- ele poderia ficar como Kitty entendi – uma lagrima correu pelo meu olho mas Zaym recobrara força suficiente para seca-la.

- senhor Atilah poderia nos dar licença um minuto? – pedi com calma eu precisava conversar sobre o que aconteceu com Zaym.

- se o maluco ai não fizer mais nenhuma gracinha. – respondeu.

- garantirei que ele não faça.

- ok – ele assentiu e saiu do quarto nos deixando sozinhos.

Zaym estava melhor a cor voltava ao seu rosto e seus olhos ardiam novamente no meu tom favorito de verde. Ele se sentou na cama e eu me sentei a sua frente. Criei coragem e perguntei.

- você sabe o que aconteceu?

- com Kitty ? – pensou por um momento – não realmente não sei, não senti você na hora e isso me assustou por isso não cheguei a tempo, você a tocou e desmaiou, lembra-se de alguma coisa?

- só de uma agonia enorme e uma energia estranha mais nada.- estremeci em lembrar.

- vamos descobrir como ajuda-la – ele estendeu os braços e eu cai em seu abraço – eu te prometo lux mea.

Me deixei abraçar por ele por alguns minutos e fiquei só ouvindo o som de seu coração mais nada, um som compassado e forte que parecia me manter na superfície da realidade, não me deixando afundar  no desespero que batia cada vez que eu pensava em Kitty. Depois de longos minutos eu resolvi que tinha que vê-la, e ele me acompanhou.

Saímos do quarto quase de mãos dadas bastou um olhar para que ele entendesse que eu achava melhor que ele não aparecesse tão próximo perto de Karl, ele se  afastou mas mesmo assim ainda entramos juntos ganhando um olhar duro de Karl que estava sentado em uma poltrona ao lado da cama de Kitty.

LUX MEA o renascimentoWhere stories live. Discover now