Zaym seguiu-me até o carro sem dizer uma palavra, meu coração estava disparado e eu não sabia se aguentaria por muito tempo minha decisão.
Ele abriu a porta do carro para mim e eu ignorei sua mão estendida em ajuda para subir, sente no banco do passageiro e enquanto ele dava a volta pelo carro afivelei o cinto de segurança.
-preciso do meu carro agora se não se importar- minha voz foi a mais firme que pude fazer.
-claro – ele respondeu com a voz embargada.
Ele dirigiu por cerca de dez minutos pela cidade até parar em frente a uma oficina, desci do carro ainda ignorando sua ajuda ele percebendo minha atitude olhou-me, dor era transmitida para mim por seus olhos, virei-me para ignorar teria que ser forte demais para manter-me longe.
Ele dirigiu-se a uma mesa aos fundos da oficina onde uma moça loira com um macacão de mecânico mexia em um computador, eles conversaram por alguns segundos até que vi ele tirar um cartão de credito de sua carteira.
Apressei-me em sua direção.
-o que você esta pagando? – minha voz soou mais hostil do que eu pensei que era capaz.
- estou pagando o que quebrei. – ele não virou-se para mim.
-não pedi para pagar, pedi meu carro de volta.
- eu quebrei eu mandei concertar, não discuta.
Sua voz foi dura comigo pela primeira vez, e então percebi que minha atitude realmente o faria ficar triste uma dor surgiu em meu peito por isso mas ignorei-a.
Alguns minutos depois um garoto que aparentava uns dezoito anos entrou na oficina dirigindo meu carro, ele estava perfeito e nem parecia ter sofrido dano tão grave a menos de quatro dias.
O garoto estendeu as chaves para mim e entrou por uma pequena porta ao lado da mesa da garota loira, com as minhas chaves na mão fui em direção ao meu carro. Mas Zaym segurou meu braço me fazendo parar.
-posso seguir você até sua casa- seu tom era urgente- preciso conversar com você.
Não sabia o que dizer, era quase impossível dizer não a ele.
-pode me seguir mas prefiro conversar com você depois, minha decisão já foi tomada você esta com a pedra que queria espero que tenham sucesso no que procura.
Ele soltou meu braço de vagar e se aproximou de meu rosto.
-você prometeu não se afastar de mim – foi quase uma suplica.
- ainda estudamos juntos mesmo que eu queira não conseguiria – sorri para conforta-lo.
- vou segui-la para garantir que fique bem.
-ok como quiser.
-posso te ligar mais tarde.
Pensei nos riscos dessa ligação.
-pode.
-ótimo – agora novamente seu sorriso voltava a iluminar tudo a minha volta me enchendo de paz.
Entrei em meu carro e fiquei olhando pelo retrovisor quando Zaym entrava no carro dele, dei a ré e segui em direção a meu apartamento, quando estava chegando perto do prédio meu celular tocou, encostei o carro para atender, era Zaym, atendi.
- Ayla.
-sim?
-eu vou para casa meu pai precisa conversar comigo, por favor prometa que vai pensar melhor no que conversamos.
-não, isso é loucura demais, - olhei pelo retrovisor ele tinha parado atrás de mim – vocês tem o que precisavam.
- eu não tenho o que precisava.
- por que.
- por que não tenho ainda. Somente pense no que aconteceu no hospital em breve nos veremos. Boa tarde lux mea.
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LUX MEA o renascimento
Historical FictionO amor não morre, assim como a fênix ele renasce e se transforma, seus poderes vão alem do imaginável, são palpáveis reais e imensos O destino reservou a Ayla uma doce viagem às profundezas do amor, puro intenso e poderoso, tal amor pode consu...