Ele deligou antes que eu pudesse perguntar o que significava, olhei novamente pelo retrovisor e vi ele arrancar com o carro fazer o contorno e voltar pelo caminho de onde viemos.
Dirigi até em casa sem pensar em nada ouvindo uma musica romântica que tocava no radio. Entrei na garagem do prédio estacionei e subi de elevador até meu andar, quando tentei abrir a porta de meu apartamento percebi que já estava destrancada. Estranho pois Kitty morria de medo de assalto e nunca deixava nem a janela aberta, com um detalhe morávamos no oitavo andar.
Entrei devagar com medo de encontrar algum tipo de assaltante, o apartamento estava escuro e não consegui notar nada de diferente.
-preciso conversar com você- Karl estava sentado no sofá da sala improvisada e eu dei um pulo quando ele falou.
Fiquei irritada ao ouvi-lo aparentemente todo mundo queria conversar comigo hoje e eu só queria ficar sozinha. Soltei minha bolsa na estante e me sentei ao seu lado.
Seu rosto estava duro de uma forma que eu nunca tinha visto, ele mexia os dedos das mãos demonstrando nervosismo, seus olhos não focavam em nada e seu pé direito tamborilava ritmicamente.
Ele usava sua calça jeans de costume e uma jaqueta do time de futebol do nosso antigo colégio, não escapei de compara-lo ao homem que me deixou a alguns minutos, Karl era como um garoto que não sabia que tinha crescido e Zaym, um homem que sabia com certeza o que queria.
-pode falar – disparei a ele um sorriso que fez seu rosto se suavizar automaticamente.
Sorrindo ele percorreu o caminho de meu rosto pelos meus braços e parou em minha mão direita, seus olhos se arregalaram e uma expressão de choque completa se endureceu em seu rosto, suas pupilas dilataram ele ficou vermelho e uma fina veia saltou em sua têmpora.
Quando falou seu tom era o mais gélido que já tinha ouvido vindo dele.
-onde esta o seu anel Ayla.
Olhei para minha mão que agora depois de cinco anos se nunca ter ficado sem o anel parecia vazia.
- não esta mais comigo.
- como não esta mais com você, foi roubado?
-não- eu respondi com sinceridade.
- onde esta então?- a veia em sua têmpora começou a pulsar e sua expressão me assustava.
Me afastei ligeiramente com medo da reação que ele teria a minha próxima resposta.
-eu dei a uma pessoa. – falei pausadamente.
- para quem, por que? – seus olhos me fuzilavam.
-o que eu faço ou deixo de fazer com o que é meu não lhe interessa sabia – disparei.
- Ayla olha bem pra mim eu vou perguntar uma única vez, - ele tentava parecer calmo, mas não conseguia – com quem você esteve até agora?
-com um amigo. –respondi.
-que amigo, viemos para essa cidade só você, Kitty e eu. – ele começara a gritar.
- eu conheci uma pessoa que me ajudou com a coisa do hospital. – eu já começava a gritar também.
-só me responda quem é essa pessoa Ayla.
- o nome dele – ponderei se deveria ou não dizer- é Zaym, Zaym Brown.
Ele parou , aparentemente toda sua raiva se transformou em choque, sua respiração ficou tão rara que me parecia que ele tinha parado de respirar, ele abaixou a cabeça e apoiou nas mãos.
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LUX MEA o renascimento
Ficción históricaO amor não morre, assim como a fênix ele renasce e se transforma, seus poderes vão alem do imaginável, são palpáveis reais e imensos O destino reservou a Ayla uma doce viagem às profundezas do amor, puro intenso e poderoso, tal amor pode consu...