Sai dos meus aposentos e andei até encontrar uma grande porta de madeira avermelhada. Quando eu ia bater na porta sinto alguém encostando em meu ombro.
Por puro reflexo agarrei a não do desconhecido para torce-la, mas antes de realizar tal ato reconheci a pessoa que me assustou.
- Desculpe, não era a minha intenção assusta-la.- Disse Ethan.- Achei que iria se perder, pelo visto me enganei.- Comentou.
Ele usava uma roupa ligeiramente estranha, um sobretudo de couro parecido com o de um personagem que eu vi em um filme de herois,com uma espécie de X vermelho sangue bordada em suas costas, que ia até seus joelhos, calças largas com estampa de guerra e botas parecidas com a do exército. Se não fosse pelo sobretudo estranho eu diria que ele estava indo para a guerra.
- Você não disse que as refeições costumam ser formais?- Ele afirma balançando a cabeça.- Então por que está vestido como se fosse um soldado?
- Primeiro, esse é meu uniforme. Segundo, eu sou um soldado.- Diz abrindo a porta e dando espaço. - Damas primeiro.
- Obrigado?- Mais pergunto do que afirmo e vou em direção à mesa.
Nela havia apenas o Grã- Mestre. Ele estava em uma das pontas e nos aguardava ansiosamente. Ele indicou o lugar a sua esquerda para eu me sentar enquanto Ethan se sentou ao seu lado esquerdo.
Na mesa havia lugar para mais 17 pessoas, mas creio que não haja tudo isso de gente aqui.
A mesa parecia aquelas de restaurantes chiques. Com várias facas, garfos e colheres. Eu não fazia a menor ideia de como usa-los.
- Não se assuste querida.- Disse o Grã- Mestre enquanto olhava para mim.- Não a necessidade de usar todos. Estão aí para deixar a mesa esteticamente formal e atraente.
- Nem eu sei onde enfiar todos esses talheres.- Comentou Ethan.
- Que tal no seu cu?- Sugeriu uma garota de cabelos castanhos e olhos âmbar entrando no salão e se sentando ao lado direito dele. Ela usava uma roupa parecida com a de Ethan, a diferença é que, o sobretudo dela era cinza escuro e ia até seus pés, suas calças de guerra eram leguin e suas botas iam até os seus joelhos.
- Olha a língua, Yarin.- Comentou um garoto de cabelos negros e olhos azuis, ele me era meio familiar. Deveria ter uns 18 anos.
- Escute o Izaac, Yarin. Até o cardeal Jeorge ir embora, devemos ser os mais sérios possíveis. - Recomendou Jean Jacques.
- Olha Mestre, é meio impossível esses tapados serem formais.- Disse outro garoto passando pela porta, ele tinha cabelos loiros escuros e olhos azuis. Tanto ele quanto Izaac eram estranhamente parecidas comigo. Isso não vai prestar.
Eles usavam o mesmo uniforme que Ethan. Izaac se sentou a minha esquerda e o outro garoto que aparentava ter uns 22 anos se sentou a esquerda dele.
- Ora Callel, você sabe muito bem que os mais novos se inspiram nos mais velhos- Comentou uma garota loira passando por nós e se sentando do lado de Yarin. Ela usava um vestido longo preto e um colar com um medalhão com o símbolo dos quatro elementos.
- Chegou a bruxinha.- Disse Ethan fazendo graça.- Mas me diz ai, Lorely, conseguiu fazer o feitiço?
- Que feitiço? -Perguntou a Garota que só agora reparei em seus olhos, verdes como uma esmeralda.
- Pra você ficar mais alta, não dá pra ficar me abaixando toda vez que eu for de beijar.- Brincou Callel. Pelo visto eles eram namorados.
- Eles são sempre assim?- Perguntei para o Grã- Mestre.
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Hantter
FantasyUma garota anti-social, quieta, diferente, e misteriosa. Essas palavras definem muito bem Nadine Joana Kampfe Hantter. Seus pais dizem que a garota é esquizofrênica por ter alucinações constantes que pioraram desde o seu aniversário de 15 anos. Poré...