Pena de morte

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Bellona e eu nos encontravamos em frente a casa que eu havia visto hoje mais cedo.  agora estava tudo escuro, e minha unica orientação era a vela que eu segurava. Já Bellona, que estava em sua forma real de lobo, estava a enxergar maravilhosamente bem, embora estivesse se irritando com a luz da vela de sete dias em minhas mãos.

- Sério Nadine, você não precisa dessa porcaria de vela, apaga ela pelo amor de Lucifer! - Disse ela praticamente rosnando.

- Eu preciso ver o que está a minha frente, não só linhas de energia. - Respondi revirando os olhos.

Bellona simplesmente bate a pata dela em minha mão, derrubando a vela e apagando o fogo que tinha ali. 

- Ops! Foi sem querer, porem eu queria. - Disse ela.

Eu iria me abaixar para pega-la, mas bellona a chuta para o meio da escuridão.  O bicho chato.

- Sério garota, você não precisa dessa maldita vela. - Comentou ela.- Aprenda a ver além do mundo fisico e você poderá enxergar qualquer coisa.

- E como eu faço isso? - Perguntei, desistindo da vela.

- É só fazer igual o dia em que entramos na masmorra, imagine que está olhando atravéz de uma neblina e conforme você observa, mais detalhes você vê. - Respondeu.

Revirei os olhos mais uma vez e fiz o que ela mandou. Aos poucos comecei a enxergar as arvores novamente, as tabuas de madeira no chão e o que restou daquela casa, mas estavam diferentes, uma coloração levemente mais clara, como se eu estivesse vendo elas com uma luz negra. e claro, vi as almas que estavam vagando por aqui.

a grande maioria eram andarilhas, ou simplesmente algum ser espiritual fazendo uma de suas funções. mas oque me chamou mais atenção foram as seis almas que estavam dentro da casa.

- Por isso eu queria que você apaga-se a vela.- Disse Bellona indo em direção a  casa.

Eu entrei, logo atras dela, e parei de frente para os seis espiritos, que estavam flutuando a minha frente tinham varias correntes penduradas pelo corpo, mas o que chamava a minha atenção eram as correntes em volta de seus pescoços, que claramente foram usadas para enforca-los. eram tres meninos, duas meninas e uma mulher. presos, sem poder seguir seus caminhos para a paz, eu não conseguia digerir o que estava vendo.

- Foram executados. - Disse Bellona.

- Por quem? - Perguntei a mim mesma.

- Olha, não é querendo ofender vocês não, mas esse tipo de execussão foi criada por um cavaleiro templario, embora a ordem não tenha aprovado. - Disse ela. - Se eu não me engando, essa punição se aplica a traidores, a familia dele é morta na frente dele e ele é deixado sangrando até a morte. - Continuou.

- Temos que chamar os outros-Eu disse a ela.

- Fica aqui, eu vou atras deles. - Dito isso, ela some em meio as sombras.

Para passar o tempo eu fui vasculhar o que se encontrava na casa, enquanto eu andava, os olhos dos espiritos me seguiam, mas eu não estava encomodada com isso, eu continuei vasculhando as coisas, até escutar um sussurro que vinha da mãe das crianças.

- O espelho..... veja...o...espelho......-

Eu comecei a procurar por um espelho, mas não havia nenhum ao meu redor.

- Atras......da......lareira......- Sussurrou uma das crianças.

Fui até o que restou da lareira e vasculhei a parte de tras encontrando um objeto medio retangular com detalhes que um dia foram de ouro.  Eu não sabia o que ela queria que eu visse no espelho, ele aparentava ser normal, não havia nenhuma aurea diferente em seu redor que me provasse que o mesmo fosse amaldiçoado ou algo do tipo.

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