Capítulo 9

633 111 55
                                    


XX

Um obrigada a Samara, que quando eu quis desistir de tudo, você e sua animação com essa hístoria foi um dos poucos fios que eu agarrei e me fizeram aparecer aqui de novo. 

XX

— Oh deus. — Rosie gemeu, levando as mãos à cabeça que girava.

Abriu os olhos no momento seguinte e as memórias lhe despertando de uma forma nada gentil, e ela voltou a gemer não aguentando manter os olhos abertos.

O que eles tinham feito? Ou melhor; quase fizeram?

Se Thomas soubesse que ela estava com um rapaz, que estava nu das calças para cima, ele a traria na próxima carruagem no próximo segundo.

— Que bom que acordou! — Gracie disse animada, desfazendo as fitas de cachos do seu cabelo, e sorriu quando Rosie gemeu de novo. — Que bom que está de ressaca, não quis me escutar quando disse que parasse de beber.

— Cale-se. — Rosie resmungou batendo as mãos ao lado do seu corpo por cima do lençol e tentou abrir os olhos de novo, um de cada vez e devagar, fitou o teto caramelo, igual aos cabelos de Tobias.

Levou as mãos ao rosto, voltando a gemer.

Que tipo de pensamento era esse?

— Está tão mal assim? — Gracie perguntou. — Vou pedir que lhe tragam comida na cama.

— Charlie pode dizer algo a Thomas. — Rosie se sentou, esfregando o rosto. — Eu não posso ir embora agora.

— Acha que Thomas ficaria preocupado se você tivesse uma ressaca? — Gracie a olhou torto, e sorriu. — Ele bebia bastante também se eu me recordo.

— Thomas tem essa falsa sensação que manda em nós, ele pode estragar o corpo dele com bebidas e suas manhãs com ressacas, ele começaria um discurso sobre responsabilidade se fosse nós.

— Você tem razão. — Gracie suspirou. — Falando nele, estou terminando minha carta dizendo o que eu achei sobre Evangeline e sua família, quando vai escrever a sua? Devemos mandar juntas.

— Não irei escrever. — Rosie levantou, encontrando a jarra e a virou sobre a bacia para lavar o rosto, tentando se sentir melhor. — E nós também somos a família de Evangeline, não se esqueça.

— Verdade. — Gracie franziu o rosto em uma careta. — Mas porque não mandará nada para ele?

— O que eu poderia dizer a ele que você não deve ter falado? — Rosie deu de ombros enxugando o rosto.

— Não sou boba, ou vaidosa. — Gracie revirou os olhos e voltou a escrever. — Eu sei que você é a pessoa que ele confia para dizer exatamente o que aconteceu aqui, ainda bem que eu não me importo.

— Ele terá que se contentar com o que você diz, acredito. — Rosie observou a irmã. —Diga que eu concordo com tudo isso, e ele ficará bem. De qualquer forma, irei chamar a criada para nos ajudar.

— Tudo bem então. — Gracie deu de ombros, e terminou as últimas palavras da carta.

Caro Thomas,

Ontem foi um dia repleto de emoções.

Eu e Rosie choramos e acredito que até o conde ficou emocionado.

Ela é linda, é uma menininha de dois anos, ruiva assim como nós, olhos azuis tão claros como o de Rosie, e a curva no queixo de papai e Laura, o mais incrível que ela também leva o sinal que papai e Rosie tem nos ombros.

Redenção de Lady RosieOnde histórias criam vida. Descubra agora