Capítulo 40

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Maria Fernanda

Se passou algumas horas e logo uma enfermeira chegou nos chamando, e disse que já podíamos ver o meu pai, entramos na sala todas juntas de uma vez, e quando ele nos viu, seu olhar veio em minha direção.

Suzana: O que aconteceu contigo? Por que tu faz isso? - chorou

Rogério: Me desculpa por tudo que eu falei pra você - segurou a mão da minha mãe

Larissa: Não faz mais isso pai - ele olhou pra Larissa com os olhos marejados e ela limpou algumas lágrimas que desciam pela sua bochecha

Rogério: Eu quero falar com a... Fernanda, mais sozinho - ele estava falando baixo, ele estava muito fraco, e tinha alguns aparelhos no nariz, de verdade por um momento eu senti pena dele.

A Larissa e minha mãe saíram da sala e me deixaram sozinha com ele, que me olhava e já chorava, me aproximei dele.

Rogério: Me perdoa filha - falou com a voz falha e eu peguei na sua mão

Fernanda: Pai... Por favor não faça esforço

Rogério: Mais eu preciso... - deu uma pausa - Quero te pedi perdão por tudo que eu já te fiz, por.. tudo que eu já te falei, e tam.. também por todo o mal que eu causei na sua vida - chorou e eu mais ainda

Fernanda: Pai, você não me causou nenhum mal, é apenas o seu jeito e nada nem ninguém vai poder mudar isso, você é meu pai, eu te amo de qualquer forma, você me criou, e eu te amo muito - sorri pra ele que me olhava

Rogério: Pelo o menos fala que me perdoa - me olhou com um olhar triste

Fernanda: Sim meu pai, eu te perdôo - beijei sua testa

Rogério: Agora me conta... Como você tá depois que saiu de casa? - me sentei em uma poltrona que tinha do lado da cama

Fernanda: Muita coisa aconteceu... - comecei a contar desde que eu saí de casa até as coisas que aconteceram até hoje

Rogério: Filha? - chamou minha atenção - Prometo pra mim que não vai esquecer do que eu vou te falar agora? - assenti - Independente do que eu fiz, de tudo mesmo, eu te amo minha filha - senti meus olhos marejados

Fernanda: Também te amo pai, o senhor é tudo pra mim... - beijei sua testa e vi ele fechando os olhos e o aparelhinho apitar meu coração só faltou sair pela boca - Pai? - balancei ele - Pai? PAI POR FAVOR ACORDA.... não me deixa pai - sussurei a última parte chorando, saí do quarto chamando a enfermeira e o médico que entraram no quarto rapidamente.

Fui em direção a recepção que era aonde minha mãe e a Lari estavam, contei tudo e nos abraçamos chorando.

Suzana: POR QUE? POR QUE MEU DEUS? - chorou e nos abraçamos mais forte ainda

Larissa: Calma mãe... Vai ficar tudo bem - falou também chorando, eu não conseguia falar nada apenas chorava junto com elas.

Eu não conseguia acreditar, a ficha não cai de jeito nenhum, meu pai... Meu pai morreu, e agora o que vai ser da minha mãe, apesar de tudo, ela amava ele de verdade, assim como ele também amava ela, meu pai se foi, e nunca mais vamos voltar a vê-lo novamente.

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