Às vezes eu ainda sinto meu corpo arrepiar ao lembrar das tuas mãos. Não me culpe por ter entranhado em mim teu toque, como se tivesse costurado em minha pele teus dedos todos, certeiros e leves, como se cada um dos meus poros conhecesse o dedilhar dos teus carinhos.
Não me julgue mal por deitar em tantas outras camas lembrando das vezes em que eras tu meu par, em que era tua língua no meio das minhas pernas.
Que pecado comete uma mulher ao atingir as nuvens com um homem enquanto pensa noutro?
Que pecado comete o homem que faz uma mulher amá-lo e depois some?
Quem repara as dores do coração aberto esperando uma volta que nunca haverá?
Quem pode culpar alguém que evita desistir mas não sabe se consegue continuar?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Céu cinza, mar azul - a poesia no fim
ChickLitÀs vezes só as palavras são capazes de dizer o que queremos e sentimos. Não se fazem mais ouvidos como olhos.