Quatro.

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Três meses atrás.


~POV C.M.C.

Já estou com 5 meses de gestação

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Já estou com 5 meses de gestação. 

Após a 12° semana, fiz o teste de DNA para comprovar a paternidade com Adam, e como já esperávamos, deu positivo. É claro que desde então ele tem se tornado ainda mais grudento e protetor, está orgulhoso por ser pai. 

No quarto mês conseguimos descobrir o sexo, teremos uma menina, nossa pequena Megan Ivy Cameron Parker.

-Marjorie, desta vez tente prestar mais atenção – Adam pede enquanto dirige. 

Estamos indo para o 5° curso preparatório para pais de primeira viagem, que ele nos inscreveu. Temos feito cerca de um por mês. Alguns duram algumas horas, outros até dias. 

-Estes eventos são muito chatos! – reclamo, comendo um pote de salada.

Como imaginava, Adam tem sido extremamente presente. Segue a risca todas as recomendações médicas, cuidando até mesmo da minha alimentação.

Não preciso dizer que estou surtando com tanto cuidado e preocupação. 

-É porque não são eventos! – responde, fazendo a curva – É um curso, o objetivo é nos informar e preparar! – reviro os olhos.

Diferente de mim, Adam quer saber de tudo, já fez até mesmo um curso de primeiros socorros.

 As vezes acho que ignorância é uma benção. Tem muitas coisas nesse universo da maternidade que me assustam.

-Tanto faz! – respondo, colocando o pote vazio dentro do compartimento de lixo. 

Hoje é um dos dias em que estou extremamente cansada, sem paciência. 

Foi estressante o dia na empresa, e com a gestação a única coisa que quero fazer é dormir, mas parece que todos resolveram tirar o dia para não me dar paz.

Adam baliza o carro, estacionando em frente ao salão de onde será ministrado o curso. Ele dá a volta e abre a porta para mim, me ajudando a sair. 

-Tem como ser mais entediante? – sussurro para Adam, olhando as outras grávidas entrando. 

Sei que para nós, pais de primeira viagem e totalmente despreparados, são importantes esses cursos. Mas nem por isso eles deixam de ser chatos, as conversas são as piores possíveis!

Talvez eu ache isso por ter medo, e também por não ser tão apaixonada como as outras mães que parecem viver um sonho. 

Já amo a minha filha imensamente, mas não gosto nenhum pouco de estar grávida, se pudesse pular para a parte em que a tenho no colo seria muito melhor.

-Vamos, você consegue! – ele diz rindo, beija minha testa e segura minha mão, puxando para dentro.  

Acho que as pessoas criam muita expectativa encima de como uma mãe deveria ser, me sinto muito sufocada com tanta pressão para ser a mãe perfeita. Isso deveria ser natural, e não tão forçado. 

Do terno à mamadeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora