Vinte e cinco.

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Sábado.


POV C.M.C.

Abro sua porta e imediatamente me choco com o que vejo.

De todas as coisas que esperava, com certeza a imagem do seu escritório todo revirado, e Adam apenas de cueca jogado no sofá nunca passaria em minha mente.

-Adam, o que aconteceu aqui?! – é a primeira coisa que penso.

Adentro o ambiente analisando todos os cantos, vasculho a procura de Ivy.

-Adam! – grito novamente – Cadê a minha filha?!? – o chacoalho, ele não acorda – ADAM!! – entro em desespero.

Caminho para fora do seu escritório e paro na recepção.

-Onde está Ivy? – pergunto a secretária – Quem levou ela?!!

-Senhora, eu... eu não sei do que a senhora está falando, me desculpe.

-O bebê! O bebê que Adam trouxe!

-Ele não trouxe bebê algum – suspiro – Ele chegou sozinho, logo depois...

A deixo falando sozinha e volto para o escritório. Me aproximo do Adam e coloco a mão em seu pescoço, sua pulsação está regular.

Retiro o celular do bolso e ligo para a emergência.

Respiro fundo mais uma vez e encaro o rosto do homem desacordado ao meu lado. 

O que aconteceu aqui? Onde ele deixou minha filha?



***



-Sra.Cameron – o médico chama no corredor, com um prontuário em mãos.

Há essa altura já fiz contato com meus sogros e me certifiquei que minha filha está bem e tem o que precisa: leite.

-Sim? – me levanto.

-Os resultados do exame saíram, como suspeito o Sr.Parker está bem, ele foi drogado. Neste momento não há muito o que se fazer, apenas esperar que os efeitos passem, a dose ministrada foi muito baixa, creio que mais algumas horas e ele estará consciente novamente – assinto – Se desejar vê-lo, as visitas estão liberadas.

Não vou vê-lo, vou mata-lo, com toda certeza do mundo eu vou mata-lo.

-Obrigada, doutor. 



***



-Chloe, o que aconteceu? – Adam me acorda, perdido. 

Acabei cochilando no sofá. 

-Você foi dopado – bocejo, olhando sua cara de espanto e arrependimento. 

-Eu não, eu...

-Os médicos já te deram alta, só faltava você acordar. 

-Obrigado por ter ficado – ele diz, segurando a minha mão.

-Você não deveria me agradecer por isso, deveria me agradecer por não ter te matado! – rujo, ele ri. 

Do terno à mamadeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora