Trinta e dois.

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Quinta-feira.


POV C.M.C.

-Sentimos muito pelo que aconteceu – diz ao finalizar a reunião

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-Sentimos muito pelo que aconteceu – diz ao finalizar a reunião.

Não é reconfortante ouvir "sinto muito" ou outros comentários de pena. Sentir muito não o traz de volta.

-Agradeço – respondo por educação, automático – Nos vemos em janeiro – digo ao apertar a mão dos acionistas que aos poucos se retiram da sala, me dirigindo um olhar complacente.

Só tenho mais uma semana para concluir as demandas e encerrar as atividades da empresa este ano.

Mesmo quando tinha que lidar com reuniões sozinhas, o que aliás já fiz muito, era fácil ao saber que tinha Adam para discutir. 

Sem ele é tudo mais difícil, todos os aspectos da minha vida.

Fecho a porta da sala de reuniões e vou para o escritório, desbloqueio o computador e volto a ler os e-mails de mais cedo.

-Chloe! – Amber me assusta ao aparecer na porta.

Quando soube do acidente veio imediatamente para Miami.

-Boa tarde para você também – digo ao desviar a atenção da tela e olhar seu olhar cético.

-Te procurei a manhã toda! Onde estava?

-Visitei o tumulo dos meus pais, aproveitei e levei flores para Adam também.

Adam odeia flores, não sei porque faço isso.

-Chloe...

-Não! – interrompo ao verificar seu olhar, já sei o que vem em seguida.

-Não é justo o que está fazendo, você está sendo a âncora da empresa, a âncora de Ivy e principalmente a âncora dos pais do Adam. Não é certo ter todo esse peso encima de ti, principalmente neste momento....

-Estou bem, Amber.

-Adam não iria querer te ver assim.

-Ele não está mais aqui, que diferença isso faz?! – explodo.

-Acredite no que quiser Chloe, mas a sua negação não ajuda. Se permita sofrer, se permita sentir, você não precisa ser essa muralha – diz ao tocar meu braço – Desde que tudo aconteceu você simplesmente se fechou e se tornou essa pessoa extremamente controladora.

-E o que poderia fazer? Tenho uma bebê que tem ficado doente pela falta do pai, tenho uma empresa que necessita de representação e soluções, e ainda preciso lidar com perguntas sobre quando voltarei para "casa", mas aquela não é mais a minha casa, não sem ele.

-Amiga – diz ao me abraçar – Estou aqui para você.

-Ele também dizia isso, mas veja onde fomos parar.

Do terno à mamadeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora