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Um estrondo perturba o sono de todos os moradores de Arcadium, em seu centro universitário sirenes, começam a ressoar, alertando a invasão na cidade academia.

"O que você planeja fazer? Vai acabar por arruinar todos os nossos esforços!"

Com um singelo movimento eu levo minha mão até o meu ouvido, para que eu pudesse responder a doce voz, que ressoava nele.

- Pare de se preocupar Ystlein, logo estarei de volta com os novos planos. Em breve poderemos retornar para casa.

- Por aqui! – Escuto uma voz grossa, acompanhada de pesados passos.

- Opa! Ai vem eles.

- Me esguio na parede do lado direito, do pequeno beco, e disparo para o outro lado, pegando impulso alguns segundos antes de me chocar contra a parede.

Estendo a minha mão na tentativa de alcançar a janela do prédio ainda em construção, termino de escalar, e adentro no prédio ainda em construção, termino de escalar, e adentro no prédio, me escorando, na parede, logo em seguida.

- Perdemos ele! – Uma voz rouca, seguida de um chiado ecoa no beco.

– Averiguem as redondezas, olhem cada lugar, com um raio de dois quilômetros do Centro! Ele Não deve ter ido para longe...

Os passos voltam a ecoar pelo beco, eu me volto para fora, averiguando o local.

- Eles nunca se cansam disso? – Movo novamente a minha mão para o ouvido, ligando o comunicador. – Ystlein, estou retornando, bloqueie as comunicações do setor B.

"Certo, estarei te esperando."

Retorno ao beco e parto correndo entre os gigantescos prédios metálicos da grande cidade academia, o lugar com uma grande quantidade de gênios da ciência, e principal base da Federação. Um grande grupo que busca quebrar a ordem natural da vida, e uma tremenda dor de cabeça para a Fortaleza Final.

Faz cerca de um ano que fui enviado a cidade academia como um de seus estudantes, tendo a missão de traze-la a ruina, eliminando seus principais integrantes, mas decidi frequentar as aulas, para assim poder finalizar o projeto U.B.A.Y..

- Estou de volta! – Falo entrando em meu quarto, do dormitório Kanzai do setor C. Retirando o meu sobretudo preto, dado por minha amada irmã, Sharsin.

"Bem vindo de volta, mestre Kardurins."

A voz mecânica ecoou pelo quarto, em seu tom feminino. Ystlein, estava funcionando normalmente.

Me aproximo de uma bancada, que em cima dela, estava um pequeno computador portátil, que estava rodando o programa Ystleinchirsist, com seus códigos binários sendo escritos e reescritos, o tempo todo.

- Trouxe os novos projetos de corpos...

"Você não concluiu os processamentos de dados meus ainda, para o meu movimento, e já quer finalizar a construção de meu corpo?"

- Calma, calma, eu sei que irá dar tudo certo, tudo certo. Teve alguma chamada da central?

"Você não deveria dizer "central", e sim "Fortaleza Final"."

- E tem alguma diferença? Ambos terminam com "al", mas de qualquer forma, eles passaram algo?

"Houve uma ligação de Lensainesh, devo retornar?"

- Qual foi o assunto que ela desejava tratar? De qualquer forma, retorne...

O visor do pequeno computador muda para um símbolo ondulado, que piscava desde uma pequena bolinha até as semiesferas ao redor.

O visor chia, com fragmentos acinzentados, e com o tempo ele ganha a forma de um jovem, com um longo cabelo dourado, e olhos vermelhos sendo que o esquerdo, tinha sua íris com o formato de um pentágono.

- Que demora, para atender é essa?! – Ela estava claramente furiosa comigo.

- Calma maninha, eu sei que estou cerca de onze meses atrasado, para retornar, mas quis aproveitar a oportunidade de obter informações para finalizar a Ystlein.

- Você é um gênio, deveria conseguir finalizar o seu projeto sozinho!

- Quantas vezes terei de repetir, que eu não sou um "gênio"?! Um "gênio", é aquele que, consegue raciocinar, sobre pressão, todas as incógnitas existentes!

- Se não duvidar você faz isso vendado. Bom, mas de qualquer forma, você deveria ao menos ter entrado em contato com a Fortaleza Final, para explicar a situação, ou ter respondido a minha primeira chamada...

- Ystlein, ela realizou quantas ligações desde a nossa chegada?

"Cerca de quinhentos e vinte sete mil, trezentos e vinte e nove, chamadas desde a nossa chegada."

- Ugh! Tudo isso? Eu sei que um ano tem cerca de setecentos dias, mas você passou, muito do dobro, triplo, sei nem quantas vezes na verdade!

"Ficaria cerca de setecentas e cinquenta e três, ligações por dia mestre."

- Você é louca? Não tem mais nada para fazer?

- Eu me preocupo com você... – Ela desvia o olhar, um pouco vermelha, e prossegue em um tom mais baixo. – Irmão idiota, vê se não morre.

- Isso é impossível, até onde sabemos... Conversamos mais quando eu retornar maninha! – Falo sorridente. – Ystlein ppode encerrar a transmissão.

Antes que Lenseinesh, pudesse falar algo, a tela volta a chiar, e depois fica azul com a mensagem; "Transmissão encerrada".

-Morrer...? Será que poderemos ter esse descanso algum dia?

"Mestre? Você busca o seu descanso final ainda?"

- Não, Ystlein, eu não possuo esse direito, por isso a criei, mesmo que algum dia você me abandone, eu saberei que não irá sofrer para sempre.

"Eu nunca lhe abandonarei mestre."

Eu sorrio diante da resposta de Ystlein, me levanto e vou até a minha cama. Deito e observo as estrelas, que brilhavam em minha janela.

A Lua estava cheia naquela noite de verão, e eu não poderia me dar ao luxo de dormir muito, pois em breve deveria acordar cedo, para ir á aula.

Iria iniciar o segundo período letivo, e eu não poderia me atrasar no primeiro dia.

- Tomara que eu não precise de muito mais tempo, para finalizar o meu trabalho.

Projeto U.B.A.Y.Onde histórias criam vida. Descubra agora