Guerra de Kreindences

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Caminho pela longa estrada principal que me levaria as cidades mais próximas de Arcadium, o povo que vivia nessa grandiosa terra, só vieram a ter algum progresso onde a Academia tocou com seus pés, fazendo com que ainda existissem muitos vilarejos que vivem por subsistência, e que cultuam os antigos deuses.

E não muito longe de onde eu estava, tinha um pequeno vilarejo, indo até ele em busca de informações me deparo com uma carroça que havia quebrado no meio do caminho.

- Com licença...? – Tento me aproximar.

- Hum? – Um velho que antes tentava concertar a roda da carroça, agora se vira em minha direção. – Precisa de alguma coisa jovem?

- Sim... Estou procurando um certo lugar... Mas não sei se você poderia me ajudar com isso...

- Bom, se você me ajudar a arrumar a minha carroça, ao menos eu te levo até Creceint.

- Pode ser. – Então me aproximando do local em que a roda havia se partido, refiz a construção da matéria que havia se partido, substituindo as antigas fibras que já estavam podres, por novas e mais resistentes, logo em seguida recolocando a roda que havia sido retirada, e refazendo o mesmo processo nela. – Certo! Com isso deve funcionar.

- Quem é você?

- Sou Kardurins! – Falo sorrindo de forma carinhosa, para o velho.

- Ó! Meu senhor! Todos se alegraram com a sua presença! Vamos logo! Suba, suba!

E assim sem prolongar ainda mais subo na pequena carroça, que carregava vários caixotes, alguns com sementes, outros com armas e outros com grãos.

A estrada ainda seria longa, mas todo o meu esforço e paciência valeriam apena, se eu achasse respostas com uma antiga amiga, eu às vezes me pergunto: "como o resto do pessoal está?".

Fazem cinco séculos, desde que nos separamos, cada um seguindo aquilo que acreditava estar correto, e eu para poder proteger a Sharsin, me aliei a Fortaleza Final, onde meus irmãos iniciaram esse império.

- O que uma divindade como o senhor tem para fazer nessas terras? – O velho pergunta.

- Estou aqui para rever uma de minhas sacerdotisas, faz tempo que não me reencontro com antigos amigos.

- Os sacerdotes e as sacerdotisas, devem ser realmente importantes, para serem chamados de amigos pelo senhor.

- Eu não acredito que o correto seja chama-los de sacerdotes, mas sim amigos... Viajamos juntos por muito tempo no passado, e eu nunca me esquecerei deles.

- Espero que possa revê-la então, pois estamos quase chegando.

Alguns metros a nossa frente tinha uma pequena vila rodeada, por plantações, e em seu centro um pequeno templo, as pequenas casas da região eram feitos de pedras e madeira, um trabalho único e antigo.

- Chegamos meu senhor, eu agradeço por sua benção, anunciarei a sua chegada, para as sacerdotisas de nosso templo.

- Não precisa fazer isso, está tudo bem.

- Não, eu imploro, me deixe realizar esse ato.

- Certo, certo, mas seja breve. – Eu sorrio novamente, como se o abençoasse, para o velho.

Então ele vai para o templo, retornando alguns segundos depois com uma jovem com trajes cerimoniais, sendo um grande manto azul, e algumas vestes em coloração branca que se escondiam logo abaixo.

- Então era verdade! Você retornou as nossas terras! – A jovem logo cai ao chão deixando com que sua cabeça fosse descoberta permitindo que seus longos cabelos dourados se movessem junto ao vento.

Projeto U.B.A.Y.Onde histórias criam vida. Descubra agora