Projeto U.B.A.Y.

Resgate

As portas do elevador se abrem, diante de meus olhos, não tinha ninguém ali perto, eu me levanto e saio. O lugar tinha todas as paredes metálicas em uma tonalidade branca, eu não nunca estive ali, e poderia me perder facilmente, mas de certa forma, eu sabia como seguir, por onde ir, para chegar até a Kashisujo.

Entre os diversos corredores que eu persigo, chego a um longo corredor, que possuía varias portas, com grades em sua parte superior, formando uma janela, que dava visão a parte interior do local.

Eu então contei, dois, quatro, seis... Até que chegasse à sala desejada, mirando de forma cega o numero vinte nove. Ao chegar nela olho pela pequena janela, feita de grades, e vejo a Kashisujo estendida na parede, sendo segurada por algemas.

- Kashisujo! – Berro sem perceber. – Se proteja!

Pego então uma granada de plandiun, e a lanço em frente à porta em que a Kashisujo estava presa. E com uma explosão a porta vai ao chão, e a fumaça se espalha na região.

Logo em seguida eu corro, para resgatar ela, usando a S-20 para quebrar as correntes e liberta-la, seu corpo ferido vai ao chão em seguida.

- Kashisujo! Você ainda está viva?

- Kar... Durins... – Seus olhos se enchem de lagrimas ao me ver novamente.

- Ainda bem... – Respiro aliviado, ao ver que ela está viva. – Cadê a Heizmender?

- Ela... Nos traiu...

- Eu irei faze-la pagar, não se preocupe. Consegue se transformar?

Ela sinaliza positivamente com a cabeça, e em seguida o seu corpo começa a levitar, transmitindo uma luz azulada, e seu corpo foi se reduzindo a uma lamina negra, que refletia a luz que batia em seu fio.

- Obrigado... Te usarei de forma sabia.

Me volto para a porta e saio correndo, eu não teria muito tempo, e tinha que terminar logo com tudo. O caminho era incerto, mas algo me guiava entre os corredores do local, eu passava entre escritórios e laboratórios, mas em um deles eu parei.

- Sanchi?! – E então os nossos olhos se encontram.

- Zendor...? Você está vivo...? – Ela fala se aproximando, com lagrimas em seus olhos.

- Eu não sou o Zendor que você conhecia... Na verdade, ele nunca existiu... – Falo cabisbaixo, e antes de prosseguir eu ergo a cabeça e estufo o peito, demonstrando o meu orgulho. – Eu me chamo Kardurins! Filho do Criador! E guerreiro da Fortaleza Final!

- Kardurins... O antigo deus que as lendas contam?

- Sim! Aquele que lutou pelo justo e pela paz, mesmo usando do caos e da guerra!

- Você tem medo...?

- ... – Não falo nada.

- Você não precisa fazer o que os outros mandam! Vamos fugir Kardurins! Vamos para fora dessas terras! E deixar todos os outros para trás!

- Não! Eu não faço isso por mim, essa é a única opção que tenho para poder salva-la... Saia daqui! E siga as instruções dos superiores! – Eu me viro para o retorno. – Eu tenho que ir.

- Espere... – Sem a deixar prosseguir eu corro, fechando os meus punhos o máximo que conseguia.

- Viva... – E respondo para o nada.