my aunt • demi/you

1• Demi

- Estou exausta e agora terei que aguentar uma criança. - Reclamei ajeitando meu casaco.

- Eu te entendo, mas ela não é uma criança. Já tem 16 anos. - Marissa diz se ajeitando na poltrona e eu a olho como se perguntasse com o olhar "E tem diferença?".

Ouço batidas na porta e Marissa se pôs de pé pronta para sair e me deixar a sós com quem for que iria entrar, não protestei porque sempre preferia ficar a sós com meus clientes ou outros funcionários.

- Então é você, a famosa Demetria Lovato.

Encaro a garota que me olhava com um ar debochado, tinha um mochila nas costas e duas malas ao seu lado, além disso tinha um celular em sua mão direita.

- E você é minha sobrinha perdida. - A analisei dos pés a cabeça, era uma gracinha.

- Me chame de Seu/Nome. - Ela caminhou até mim, ficando a frente da minha mesa.

- Me chame de Demi. - Me levantei e ajeitei novamente meu casaco, saindo de trás da mesa ficando a sua frente para abraça-lá.

- Tem certeza que é irmã da minha mãe? Nem foi ao seu velório. - Ela perguntou retribuindo o abraço e eu me afastei quando achei que devia, voltando ao meu lugar.

- Não tenho tempo. - Dei de ombros e peguei meu celular.

- O que vai fazer? - Ela se sentou na poltrona a minha frente.

- Ligar para o Max, te levar para a minha casa. - Disquei o número do mais velho e ela negou.

- Prefiro ficar aqui, por favor. - Desligo a chamada e deixo meu celular sobre a mesa novamente.

- Coloque suas coisas perto do sofá e se sente nele, muitas pessoas irão passar por aqui e você sentada aí vai atrapalhar. - Apontei para o sofá e ela logo fez o que eu mandei.

[...]

- Senhorita Lovato? Sua atual namorada está aqui embaixo e está pedindo autorização para subir. - Minha secretária disse ao telefone.

- Pode liberar.

Desliguei e tirei meu casaco, eu estava ali a tarde toda e estava mais exausta do que mais cedo, Seu/Nome não havia trocado nenhuma sequer palavra comigo e ficou em seu celular, a porta se abriu e a morena sorrio para mim.

- Oi, meu amor. - Ela disse fechando a porta e vindo em minha direção.

- Oi, Sel. - Respondi afastando minha cadeira, dando a espaço para se sentar em meu colo.

- Senti sua falta, quando sair daqui podemos ir para sua casa e fazer aquele belo am... - Coloquei a mão sobre seus lábios e apontei para minha sobrinha que nos encarava.

- Fale baixo. - Ela se virou ainda sentada em meu colo e encarou minha sobrinha.

- Quem é ela? - Perguntou mexendo em meus dedos que estavam em sua cintura.

- Minha sobrinha, uma das minhas irmãs acabou morrendo e ela teve que ficar comigo. - Seu/Nome me olhou fixamente e passou a língua entre os lábios.

- Se não estiver bem com isso, é só dizer Lovato. - Ela se levantou e saiu da sala.

- Não seja rude, Deme. É só uma garotinha. - Selena disse se virando novamente.

- Agora que ela já saiu, venha cá.

Segurei a nuca da mais nova e a puxei para um beijo calmo, que a mesma queria aprofundar.

- Mais tarde, ok? - Perguntei a afastando de mim e ela se levantou.

- Tudo bem, estarei lá. - Ela sorri e eu dou um tapa em sua bunda.

Assim que ela sai da sala eu me permiti levantar, fiz o mesmo que ela mas seguindo um caminho diferente, procurando Seu/Nome.

Continuo andando sobre os andares do sétimo andar e a encontro encostada na parede final do corredor c9m um de meus funcionários. A medida que fui me aproximando pude ouvir a conversa.

- Você não deveria falar assim, minha tia é dona disso tudo e pode te demitir. - Ela disse rindo.

- Sua tia é a Demetria? Eu duvido que aquela gostosa tenha uma sobrinha assim. - Revirei os olhos e cruzei os braços.

- Aquela gostosa? - Perguntei e ele me olhou assustado, e Seu/Nome contínuo rindo.