O NÚMERO QU4TRO

Restam 4 dias

Ao chegar em casa, Klaus vê que está tudo destruído desde a visita de Hazel e Cha-cha na noite que o sequestraram.

- Mas o que houve aqui? - Pergunta a Diego que desce as escadas naquele momento.
- Agora eu não posso, tenho que sair. - Diego responde indo em direção a porta.
- Já estou indo pegar minhas coisas. - Klaus vai até o quarto e pega sua bolsa.

No carro Klaus não diz uma só palavra e Diego estranha, o questiona se está tudo bem, pois nunca havia visto o irmão tão quieto daquela forma.

- Pode me deixar aqui, é onde eu preciso ir. - Pede Klaus, apontando para um bar.
- Mas esse é um bar para veteranos. - Questiona Diego.
- É exatamente onde eu deveria estar. - Responde Klaus.
- Cara, fala com ele, você não tem que passar por isso sozinho. - Diz Ben, pondo a mão sobre o ombro de Klaus.

Klaus entra no bar e toma uma dose bem forte de wisk, vai até o fundo do estabelecimento e vê uma parede cheia de fotos de soldados, caminha até ela e vê uma foto de seu batalhão.

- Oi Dave, que saudade meu amor, faz muito tempo né? - Ele fala com os olhos cheios de lágrimas.

Diego que não se conteve, entrou atrás dele no bar e o viu chorando, ficou estático pois nunca o tinha visto chorar desde a vez em que seu pai o trancou em um mausoléu quando criança para que perdesse o medo dos mortos.

Um veterano questiona a presença dos rapazes no local, e diz que é só para veteranos de guerra.

- Então estou no lugar certo, eu sou um veterano tanto quanto você! - Rebate Klaus.
- Senhor, por favor, meu irmão tomou umas e não está nada bem, nós sentimos muito mesmo. - Diego responde o veterano e segue puxando Klaus para fora.
- Ninguém sai daqui enquanto ele não se desculpar. - Diz o veterano entrando no caminho deles.
- Eu vou me desculpar sim, por você estar privando um circo de ter um palhaço!! - Klaus grita para o veterano.

E então a briga já estava arrumada, Diego briga para defender Klaus, e se impressiona com as habilidades de combate que seu irmão aprendeu "do nada". Por fim eles saem correndo do bar e pulam no carro, Klaus enfia a mão no bolso e pega alguns comprimidos, Diego bate na mão dele derrubando todos pela estrada.

- Eu preciso deles! - Klaus grita.
- Não precisa não! Para de se envenenar e me diz o que tá acontecendo, você foi sequestrado, quando cheguei lá não te achei, você ficou desaparecido por mais 1 dia e agora eu te vi chorando igual um bebê, não tá tudo bem, então fala Agora! - Diego grita de volta.
- Eu tô assim porque perdi alguém! Perdi a única pessoa que eu amei de verdade além de mim mesmo... - Responde Klaus com lágrimas nos olhos.
- Eu sinto muito mesmo, como ela era? - Pergunta Diego.

- O nome dele era Dave, ele era lindo, forte, sensível, lindo. Ele me amava mais do que qualquer pessoa já me amou, nós servimos no Vietnã, em alguns estados daqui mesmo também. - Responde Klaus.
- Deixaram você servir? - Diego pergunta impressionado. - Bom, ele devia ser muito especial mesmo, para aturar sua esquisitice.
- A guerra sempre pede mais corpos, inclusive o do Dave, e eu não pude fazer nada. - Diz Klaus com um olha parado e triste.
- Pelo menos você pode vê-lo... - Diego tenta consolar Klaus.

De repente Diego vê Hazel e Cha-cha passando de carro rumo a um novo hotel, e resolve segui-los para enfim tem sua vingança sobre a vida de Eudora, ele estaciona longe, atrás de um caminhão de sorvete, mas Hazel o viu chegando e se apressou em sair por outro lado, pois eles deveriam se encontrar com 5 para falar sobre a maleta que o Kkaus destruiu.

Diego sobre as escadas com muita cautela para não ser ouvido, Klaus o segue para ajudar.

- Klaus, isso é perigoso, eu sei o que estou fazendo. - Sussurra Diego.
- Mas eu quero ajudar, esses caras me torturaram por mais de 1 dia e eu mal saí com vida. - Responde Klaus com um tom ligeiramente elevado ao de um sussurro.
- Preciso que fique aqui, se eu não voltar em 2 minutos é porque estou morto, aí você pede ajuda. - Diz Diego subindo rapidamente as escadas.

Mas quando Diego chega na porta do quarto vê que Hazel está passando com o carro já lá em baixo, e Hazel atira com uma metralhadora contra Diego que tenta correr, por sorte Klaus o puxou para trás de uma parede, mas ele já tinha sido atingido no braço.

- Sua sorte é que eu sou péssimo em seguir ordens. - Debocha Klaus.
- Temos que ir atrás deles, Klaus. - Fala Diego correndo as escadas a baixo.

Chegando lá em baixo eles veem que os pneus estão vazios, e não tem mais o que fazer, até que Klaus entra no caminhão de sorvete e grita para Diego entrar, eles vão atrás de Hazel e Cha-cha de qualquer jeito.