Capítulo I

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               Após um ótimo dia de descanso (e uma ótima noite de comemoração), Stephen estava pronto para retomar suas responsabilidades no hospital, e isso significava um quadro cheio de cirurgias e uma rotina incansável no hospital. Ele jamais reclamava de trabalhar demais, pelo contrário, isso lhe dava energia. Sempre amou a medicina, e ter uma carreira aclamada em todo o país não era o principal motivo para ele colocar o trabalho em primeiro lugar. Sucesso era sim importante para ele, mas poder fazer algo em que ele era realmente bom e ser reconhecido por isso era o seu maior orgulho. Embora na maior parte do tempo ele fosse egocêntrico e arrogante, havia algo de bom em Stephen Strange, e ele demonstrava isso todas as vezes que entrava em uma sala de operações.

- Mais um procedimento realizado com sucesso. – Ele diz orgulhoso assim que sai no corredor.

- E não choca ninguém. – Billy responde rindo.

- Começar o dia com três cirurgias bem sucedidas não te dá uma energia fora do normal, Billy?

- Não, na verdade não. Estou há duas noites sem dormir e já vi sangue demais para uma vida inteira. Eu só queria uma cama no momento.

- Como pode pensar em cama quando se tem muito o que fazer?

             Antes que Billy o respondesse, algumas pessoas correram pelo corredor e os dois olharam atentos para a situação. Não demorou muito para notarem uma maca com um homem desacordado e ferido em cima dela, enquanto os enfermeiros cuidavam dele à medida que corriam pelo corredor.

- O que aconteceu? – Billy perguntou à um dos enfermeiros que ficou para trás.

- Acidente de carro. Provavelmente vamos precisar de você, Doutor Strange.

            Stephen apenas não sorriu satisfeito porque seria uma hora inapropriada para isso, mas estava feliz de ir para sua quarta operação em tão pouco tempo. Ao contrário de Billy, ele adorava começar o dia assim, e sempre lhe deixava de bom humor. Mas, outro motivo para ele não sorrir apareceu segundos depois. Ela estava desnorteada, olhando petrificada na direção em que seguiram com o homem ferido. E apesar de um olhar assustado, o cabelo bagunçado e alguns ferimentos nos braços, Stephen logo a reconheceu. Era a mesma moça que conheceu no bar há duas noites. Normalmente ele não teria se lembrado, mas ela não era uma mulher fácil de se esquecer.

- Senhorita, você precisa ir para um quarto para ser atendida. – O enfermeiro disse à ela.

- Não, eu... Eu estou bem. Eu só... Ele... Ele estava...

- Tudo bem, nós cuidaremos dele, mas não pode deixar de fazer os exames.

- O que aconteceu? – Stephen perguntou mais à ela do que ao enfermeiro, e pela primeira vez ela parecia ter notado que ele estava ali.

           Ele pensou que ela o reconheceria também, já que pelo visto ela sabia quem ele era antes mesmo dele se apresentar. Mas, provavelmente por conta do choque, ela não parecia preocupada com isso.

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