Epílogo

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               Stephen estava meditando ao centro da sala. Nesses momentos ele conseguia se desligar de tudo à sua volta, dando total atenção à sua mente, organizando seus pensamentos e enfatizando o seu aprendizado. Normalmente tudo ficava em total silêncio, mas logo ele ouviu um barulho familiar, que não o fez perder sua concentração mas ao mesmo tempo o deixou alarmado. Era um costume para Stephen ser incomodado por seres extra dimensionais em qualquer cômodo do Sanctum, mas há 4 anos essa era uma de suas menores preocupações. O Sanctum embora fosse bastante aconchegante, era uma casa viva. Os móveis mudavam de lugar constantemente, barulhos de portais sendo constantemente abertos, demônios presos em quartos e gavetas. Acontece que Stephen não poderia mais se dar ao luxo de não se importar com nada disso, por isso mesmo em seus momentos de meditação, ele estava alerta para qualquer coisa à sua volta.

- Nem. Pense. Nisso. – Ele falou ainda com os olhos fechados, sem sair de sua posição de meditação.

           Fez-se silêncio por um instante, até ele abrir os olhos e fitar a pequena garotinha à sua frente, segurando um livro.

- Eu só quero ler, papai. – Ela disse inofensiva.

- O que já conversamos sobre essa parte da casa?

           Ela suspirou.

- Eu não posso estar aqui sem companhia.

- Isso mesmo. E pelo que vejo, está sem companhia agora.

           Stephen se levantou e esticou suas mãos para ela.

- Por que eu não posso ler esse?

- Sabe por quê. Já decidimos que a sua parte da biblioteca é outra. Pode escolher qualquer livro dela.

          Vencida, a garotinha bufou e entregou o livro à ele.

- E você não sabe ler. – Stephen riu divertido, encostando o dedo na ponta do nariz dela.

- Ainda não, mas a mamãe está me ensinando. E eu gosto das imagens.

- Sei... – Stephen colocou o livro em seu lugar e virou-se para ela. – Por falar nela, onde ela está?

            No mesmo instante Clea parou à porta do cômodo, parecendo aflita. Logo quando viu que os dois estavam juntos, soltou um suspiro de alívio e balançou a cabeça.

- Sofia, quantas vezes eu tenho que dizer que...

- Não posso andar sozinha nessa parte da casa. Eu já sei, mamãe. – Respondeu angustiada.

- Eu me virei por um segundo. Apenas um segundo. – Clea disse diretamente à Stephen. – E ela está de castigo.

- Castigo? Por quê? – Stephen olhou para a filha, que abaixou a cabeça.

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